Comportamento

Finale celebra uma década de RuPaul’s no Dia Internacional do Orgulho LGBTi+

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Finale celebra uma década de RuPaul’s no Dia Internacional do Orgulho LGBTi+

“Se você me dissesse há dez anos que eu estaria aqui hoje celebrando uma década de Drag Race, eu diria ‘Tá louca, mona?’”. Foi com essa frase que a drag queen, ator, cantor, compositor, autor e astro televisivo, RuPaul, abriu a noite de coroação da Drag Queen Superstar de 2018 nesta quinta (28) na VH1. O LIVRE acompanhou a exibição que reuniu fãs no bar Metade Cheio.

Com uma torcida dividida, as quatro finalistas se enfrentaram em um Lip Sync pela coroa que teve Asia O’hara (Texas) frustrada com borboletas vivas que não voaram, Kameron Michaels (Tenessee) mostrando que o palco é realmente o seu melhor lugar, Eureka O’hara (Tenessee) relembrando as Drags dos anos 90’s em toda a sua glória e a coroada Aquaria (New York), de apenas 22 anos, que finalmente pode provar que, ainda que tenha um longo caminho pela frente, está na trilha certa com seu senso de moda e provocação.

Confira o Lip Sync final da noite:

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A mais completa

O reality show, que teve seu debut em 2008 nos Estados Unidos, reúne a cada temporada catorze Drag Queens escolhidas por meio de inscrições para concorrerem em desafios de dança, atuação, stand-up comedy, montagem, costura, canto, composição e dublagem, ou lip sync. É a competição mais completa e difícil da televisão atual.

Em dez anos de série, os fãs puderam acompanhar cada transformação, ensaios, brigas, amizades e as difíceis histórias pessoais de cada participante. E são muitos fãs, tantos, que a série rendeu dois spin offs: Untucked – sobre o que se passa por trás das câmeras em cada episódio -, e All Stars, – onde participantes eliminadas podem voltar e concorrer a um espaço no Hall da Fama de RuPaul’s Drag Race.

No Brasil não é diferente. A base de fãs aqui na terrinha é tão grande que as eliminadas saem do programa direto para clubes em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O país inclusive já ganhou videoclipe e música da ganhadora do All Stars 03, Alaska Thunderfuck, que brinca com o comentário mais recorrente em perfis de Instagram das Drags, o famoso “Come to Brazil”.

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Superação

O fenômeno da série coincide com a eleição de Barack Obama e a consequente demanda digital por mais espaços para a cultura LGBTi+. Ano após ano RuPaul’s Drag Race apresentou ao mundo o verdadeiro significado da cultura Drag Queen, com suas diferentes estéticas, vertentes, a história e o potencial artístico que ultrapassa gêneros ou preconceitos.

As rainhas da 10ª temporada de RuPaul's Drag Race
As rainhas da 10ª temporada de RuPaul’s Drag Race. (Divulgação).

Com uma edição inteligente, a série se aproxima de seus espectadores principalmente pelo viés emocional e de superação dos participantes. E superação é palavra-chave aqui, seja na vida das Queens ou nos desafios que enfrentam no show, de cantar e dançar como Beyoncé a expor-se de corpo e alma em criações que devem tomar como inspiração o sabotador que todos carregamos conosco.

Por isso, e pela diversão garantida em sacadas e vocabulários únicos, que Cuiabá teve a sua própria exibição, ao vivo, da finale do programa nesta quinta (28), no Metade Cheio. O bar-multi preparou um espaço especial para projetar os últimos lip syncs dessa temporada e recebeu cerca de 40 pessoas que acompanharam a emocionante final, mesmo sem legendas em português.

Confira as fotos da final e do público no Metade Cheio:

 

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