Mato Grosso

Final de governo: servidores reclamam de banheiros sujos e até de falta de papel higiênico

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Final de governo: servidores reclamam de banheiros sujos e até de falta de papel higiênico

Alguns dos 28 órgãos estaduais que são atendidos pelos funcionários da MB Terceirização e Serviços começam a sentir os impactos do impasse entre o governo e a empresa. O Palácio Paiaguás foi um dos primeiros a sentir os efeitos da greve de funcionários: faltam produtos básicos de limpeza e até falta de papel higiênico nos banheiros.

Em algumas secretarias, boa parte dos funcionários da MB deixaram de comparecer por conta dos atrasos salariais e falta de vale-transporte. Em matéria publicada na semana passada, o LIVRE relatou casos de funcionários contratados pela empresa que estão com os salários atrasados, sem repasse de vale-alimentação, sem vale-transporte e, em alguns casos, com acertos rescisórios a serem saldados. Muitos abandonam o emprego por falta de pagamento, enquanto outros são demitidos. Funcionários relatam uma grande rotatividade de empregados recém-contratados.

O resultado é que na Sema, por exemplo, auxiliares administrativos estão deixando de trabalhar por falta de condições. Na secretaria, os coordenadores de setores da empresa MB teriam se reunido e solicitado ao titular da Pasta, André Baby, o pagamento emergencial dos serviços. Eles temem que novos funcionários seja contratados e os substituam.

“Não temos valor algum. Eles nos usam até quando não aguentamos mais daí, ou pedimos demissão, ou nos demitem, e então fazem novas contratações. É um ciclo que a cada tempo vai incluindo mais gente”, diz uma das funcionárias que não tem ido trabalhar, por falta de condições.

Segundo servidores efetivos de outros órgãos, é nítida também, a falta de limpeza acarretada pela ausência dos funcionários das terceirizadas, fora a falta de água potável e de papel higiênico, que já atinge alguns órgãos. Funcionários da MB que também suspenderam suas atividades dizem que órgãos como a Casa Civil, Vice-Governadoria e Casa Militar estão em situação crítica.

“Funcionárias da recepção têm tirado água da chuva, por exemplo, porque não tem mais ninguém dos serviços gerais. Estava até mesmo sem garçom. Mas naqueles casos de mais urgência, rapidamente a MB contrata gente nova. Daí, os que já estavam trabalhando ficam sem receber e, certamente, estes também ficarão”, diz uma fonte que não quis se identificar, temendo represálias.

Outro lado

A reportagem pediu um posicionamento do Gabinete de Comunicação do Governo do Estado, que informou que o pagamento da MB Terceirização e Serviços está sendo regularizado, mas que os serviços no Palácio Paiaguás estão sendo retomados ainda nesta tarde.

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