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Filme perdido de precursor do Cinema Novo é encontrado por pesquisador da UFMT

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Filme perdido de precursor do Cinema Novo é encontrado por pesquisador da UFMT

Um rolo de filme de 16mm, gravado por Nelson Pereira dos Santos, foi encontrado e entregue à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) nesta quinta-feira (2). O diretor é considerado um dos mais renomados cineastas, dentro e fora do país, precursor do movimento brasileiro Cinema Novo.

O filme esteve perdido por anos e trata de um dos primeiros projetos de pesquisa da história da instituição, iniciado ainda na década de 1970: a Cidade Laboratório de Humboldt.

Devido ao mau estado de conservação, a película foi encaminhada para a Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), responsável pelo Cineclube Coxiponés, para mediar o contato com outras instituições que possam avaliar a possibilidade de restaurar as filmagens.

Cidade Laboratório de Humboldt

De acordo com o pesquisador da UFMT José Amílcar Bertholine de Castro, responsável por encontrar a relíquia, o filme conta com a narração do professor Pedro Paulo Lomba, idealizador do projeto, que buscava conciliar o desenvolvimento urbano e a sustentabilidade da região amazônica.

“A ideia da cidade científica surgiu após as primeiras conferências internacionais sobre o meio-ambiente. A intenção era criar uma solução para o desenvolvimento dos países chamados subdesenvolvidos que não degradasse o meio-ambiente da mesma forma que aconteceu com os países chamados desenvolvidos na época”, explicou o pesquisador.

Nelson Pereira dos Santos

Para o vice-reitor da UFMT, professor Evandro Soares, essa é uma forma de resgatar a história da instituição. “Mostra que universidade esteve envolvida, desde seu princípio, com projetos de desenvolvimento da região, crescimento econômico e pesquisas sobre a natureza de Mato Grosso”, afirmou.

Nelson Pereira dos Santos

Um dos mais renomados diretores de cinema, dentro e fora do país, seus primeiros filmes abriram caminho para a geração do Cinema Novo. Nelson Pereira dos Santos nasceu em São Paulo em 1928, e se formou em Direito pela USP. Realizou pelo menos dois marcos da história do cinema brasileiro: Rio 40 graus(1955), seu longa-metragem de estreia, muito influenciado pelo neo-realismo italiano, e Vidas Secas (1964), adaptação da obra de Graciliano Ramos, prêmio da crítica no Festival de Cannes.

(Com assessoria)

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