A devastação provocada pelo incêndio no Pantanal e demais biomas em Mato Grosso colocam em evidência a importância da educação ambiental desde as primeiras fases de aprendizado. Cerca de 20% do território do Pantanal já foi devastado pelo fogo. Mas seria possível evitar que novos episódios catastróficos como o vivenciado este ano?
Para a psicopedagoga Ivete Barros a resposta é “sim”. E tudo depende de uma boa educação ambiental a partir da primeira infância, que vai do nascimento aos seis anos de idade.
“Quando tratamos sobre educação ambiental com as crianças, promovemos a criação de valores perenes como respeito à natureza, com a fauna e flora, a cidade, nossa casa e os locais que frequentamos”, afirma a especialista.
Ivete explica que as crianças devem ser educadas para um comportamento pró-ativo. “Isso significa criar habilidades que contribuam para o discernimento de que atitudes ruins para o meio ambiente resultam em coisas ruins para nós, porque todos somos parte de um mesmo organismo vivo chamado planeta Terra”.
Essa forma de educar tem dado resultado e a psicopedagoga conta que já colheu relato de pais que chegaram a ser corrigidos pelo filho porque jogaram lixo pela janela do carro e tiveram que dar a volta para recolher a embalagem da rua, porque o pequeno começou a chorar em ver a cena e a dizer para o pai que aquilo era errado.
“Esse tipo de relato aponta que os valores estão sendo consolidados e uma nova geração mais consciente está sendo formada”.
A frente do Educandário Jardim das Goiabeiras, em Cuiabá, que atende crianças a partir dos quatro meses de idade até ao 3º ano do ensino fundamental, Ivete conta que o espaço possui uma “mini fazendinha”, que contém animais de pequeno porte como coelho e tartaruga, além do cultivo de hortaliças.
O local é utilizado para que os alunos tenham contato pedagógico com o meio ambiente e, dessa forma, aprendam valores como: cuidado, responsabilidade e convívio amigável com os animais e a natureza. “É assim que vamos criar futuros adultos conscientes e com responsabilidade ambiental e social”, defende a especialista.
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(Com Assessoria)