A servidora comissionada do Governo do Estado de Mato Grosso Ester do Nascimento Galli, filha do deputado federal Victório Galli (PSL), é uma das nove pessoas que se tornaram ré em uma ação movida pelo Ministério Público Estadual de Mato Grosso. A filha do deputado é apontada como uma beneficiadas com o assalto ao grupo Atame Pós-Graduação e Cursos.
Em 2010 foram roubados do grupo, com sede em Cuiabá (MT), cheques totalizando R$ 400 mil. Em investigação, da Polícia Judiciária Civil e do Ministério Público Estadual de Mato Grosso, Ester e outras duas funcionárias surgem como participantes do crime, passando informações aos assaltantes.
À época do crime, a filha do deputado federal havia deixado a tesouraria da empresa duas semanas antes do assalto. Os outros seis réus são todos homens. Eles são acusados de terem cometido o roubo.
O Ministério Público apresentou a denúncia em 2017 e a ação está na Quinta Vara Criminal de Cuiabá. Além de Ester, Suely Gonçalves da Silva e Eliani Aparecida de Oliveira, que teriam ajudado com informações aos assaltantes, são réus: Vanildo Nogueira, Julio Campos da Silva, Jean Carlos Ribeiro Barcelos Ferreira, Marcio Sales de Freitas, Augusto César Ribeiro Macaúbas e Zaqueu Vieira da Rocha.
Deputado é do partido de Bolsonaro
Ester do Nascimento é filha de Victorio Galli, deputado federal e presidente regional do PSL em Mato Grosso, partido do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro.
Assim como Bolsonaro, Galli defende a teoria de que bandido bom é bandido morto. Mas ele amenizou ao LIVRE dizendo que o tal discurso é de ironia, pois na verdade o que se quer é bandido preso.
Outro lado:
A filha do deputado, que concorre à reeleição, afirma que a denúncia é uma calúnia. “Isso é politicagem, estão querendo atingir meu pai. Não tenho nada a ver com isso e estão querendo atacar meu pai por todos os lados”, disse Ester Galli ao LIVRE.
Questionada se compactua com o mesmo pensamento do pai e do candidato à Presidência, Ester não se posicionou, alegando que concorda com algumas coisas e com outras não. “Vou me defender e provar minha inocência”, declarou.