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Comissão da Festa de São Benedito expõe dificuldades e pede apoio da população

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Comissão da Festa de São Benedito expõe dificuldades e pede apoio da população

Respondendo aos críticos, que questionam a transferência do local da Festa de São Benedito de 2019 para o Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, voluntários e integrantes da coordenação do evento, ao lado do pároco Pedro Schroeder, reuniram a imprensa nesta manhã para explicar o motivo da mudança.

O coração da festa de São Benedito, a cozinha, está no centro da polêmica. De acordo com o padre, por conta das recomendações do Corpo de Bombeiros, que se repetem ano a ano como alerta de acidentes, ela funcionaria apenas até às 18 horas, o que comprometeria o andamento da festa. A proximidade com a igreja, que pode representar um risco ao patrimônio histórico, também foi levada em consideração.

Segundo ele, por conta do horário limitado, verdadeiro malabarismo é realizado por cozinheiras e voluntários para que a comida chegue até o pátio da igreja. Como tem que ficar pronta até este horário, ou falta, ou sobra. Já no Centro de Eventos – com espaço adequado -, a comida será preparada durante todo o tempo.

Devoto de São Benedito e voluntário na organização da festa, Cláudio José de Assis ressaltou que é preciso levar em consideração que as proporções da festa cresceram, em sintonia com o crescimento da população.

“Precisamos entender que o público da festa vem aumentando ano a ano. Só para se ter uma ideia, em Cuiabá temos 600 mil habitantes e no ano passado foram 40 mil visitantes. Por vezes, a festa impacta o trânsito. E tem questões de segurança, não só na estrutura, mas também para acolher os fieis. Para garantir o perfeito andamento da festa é necessária uma gama maior de recursos”, disse Cláudio José.

O padre aproveitou a deixa para reforçar que os rituais litúrgicos continuam sendo realizados na Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, como levantamento de mastro, missas e a procissão que encerra a festa. Todas as atividades ocorrem entre os dias 2 e 7 de julho.

O pároco Pedro disse ainda que, além da cozinha, a Paróquia precisa de reformas no telhado, que deve ser trocado em caráter emergencial. Isto também comprometeria a realização da festa deste ano no Largo do Rosário.

“A saúde financeira da igreja também não vai bem. Depois de recorrente baixa lucratividade das últimas edições, já que boa parte do que angariamos fora revertido para os custos da festa, estamos tendo dificuldades para honrar com dívidas, que se amontoam. E muitas destas decorrem de reformas que tivemos que realizar para dar continuidade à programação cotidiana da Paróquia, que atende 22 comunidades”.

Empenho de voluntários

Segundo a comissão organizadora, boa parte do que vem sendo conquistado até agora, para realização da festa, se deve aos voluntários e apoio dos fieis das 22 comunidades que compõem a Paróquia. Além de realizar ações em seus bairros, colaboraram com a coordenação da festa na realização de promoções como a Jornada da Fé, jantar de lançamento, feijoadas, leilões e domingueira dançante.

“Tudo é mérito destas pessoas que, muitas vezes, têm deixado seu trabalho e sua família para colaborar com a causa da igreja”, declara o padre.

Quer ajudar?

Necessitando ainda de apoio para a realização do evento, integrantes da comissão ressaltam que ainda precisam de doações para o preparo da comida nos dias do evento, como carne seca, arroz, feijão, farinha e óleo. Quem puder doar, pode realizar a entrega no Salão Paroquial ou Secretaria da Igreja.

“Boa parte dos recursos que temos para realizar a festa são conquistados a partir dos esforços de voluntários, dos festeiros, de doações. Neste ano mesmo, o que temos até agora para realizar a festa, são apoios do Governo de Mato Grosso, que cederá o som e a Prefeitura de Cuiabá, que nos cederá o palco para as atrações”, explicou o padre.

A Universidade Federal de Mato Grosso e a Fundação Jaiminho também são parceiras, com a oferta de atrações culturais.

(Com Assessoria)

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