Negócios

Feijão é boa opção para rotação de culturas em MT

3 minutos de leitura
Feijão é boa opção para rotação de culturas em MT

Presente cotidianamente no prato do brasileiro, o feijão demanda cuidados extras no cultivo. Cada variedade requer práticas específicas, tornando complexa a tarefa de inclui-lo no portfólio dos agricultores mato-grossenses. Porém, tem ciclo rápido e se encaixa bem na programação de rotação de culturas, sendo uma opção com boa rentabilidade para o produtor rural.

A cultura do feijão foi o tema do Dia de Campo realizado hoje (9) cedo na fazenda Dois Irmãos, em Campo Novo do Parecis, abrindo a programação da Parecis SuperAgro 2019. Três tendas com especialistas em mercado, genética e nutrição dividiram a atenção do público, que somou aproximadamente 200 pessoas, entre estudantes, produtores, técnicos e pesquisadores.

“É uma cultura que requer atenção por parte do produtor. Você precisa acompanhar diariamente: de manhã, ao meio-dia, no final da tarde. É trabalhoso, não é pra qualquer um”, comenta Pedro Sarmento, analista da Embrapa Arroz e Feijão. Pedro coordenou o atendimento na tenda 1 durante o Dia de Campo, mostrando aos participantes como cada variedade testada na propriedade rural se comportava no solo.

Além da necessidade de irrigação, o feijão exige que o agricultor fique muito atento aos intervalos das janelas de plantio e colheita. “Há variedades que funcionam muito bem para quem procura uma cultura de rotação com ciclo rápido. É uma opção que já está no mercado local, com tecnologia desenvolvida pela Embrapa”, ponta Pedro.

Um exemplo é o feijão carioca. A cultivar BRS FC 104 é considerada a primeira cultivar superprecoce do mercado desenvolvida pela Embrapa. Seu ciclo – da semeadura à maturação dos grãos – fica abaixo de 65 dias, quando o mais comum é 90 dias. Além disso, tem produtividade alta: aproximadamente 60 kg de grãos para cada dia de ciclo. “É possível estabelecer até quatro colheitas por ano”, reitera.

Aos poucos, o feijão vem sendo inserido na rotina dos produtores rurais do Chapadão dos Parecis como cultura de rotação com apelo comercial, permitindo segunda e até terceira safras no ano. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que, na safra 2018/19, a estimativa é de plantio de 259,5 mil hectares, produzindo mais de 354 mil toneladas da leguminosa.

“A Parecis SuperAgro acertou em escolher o tema. O Dia de Campo mostra mais opções de plantio e cultivares diferentes, mais adaptadas a nossa região. O feijão é uma cultura de ciclo rápido que tem rentabilidade boa, ou seja: é uma boa opção de segunda safra”, analisou Humberto José Tozzo, produtor há 32 anos em Campo Novo do Parecis.

Com mais de 20 anos plantando feijão no município, Tozzo participou do Dia de Campo e explica que a cultura é mais “melindrosa”. “Requer um cuidado especial. Você precisa achar a área certa para evitar nematoides, por exemplo”. Tozzo rotaciona feijão em sua propriedade com soja, milho, girassol e pecuária de corte.

Além da Embrapa, o Dia de Campo da Parecis SuperAgro 2019 contou com a presença da SATIS, empresa especializada em nutrição, e da Coperáguas, maior exportadora de feijão do Brasil.

Saiba Mais

A Parecis SuperAgro 2019 começou hoje (9) e segue até 12 de abril no Parque de Exposições Odenir Ortolan, em Campo Novo do Parecis. Com entrada gratuita, a feira é realizada pelo Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis e patrocinada pela Aprosoja-MT, Senar-MT, Áster Máquinas e Syngenta. O evento recebe apoio da Prefeitura, da Câmara de Vereadores e da Acrimat e tem previsão de público é de 20 mil pessoas nos quatro dias. A entrada é gratuita e a visitação pode ser feita das 8h às 19h.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes