Política

Fávaro toma posse e diz que “providência divina” o levou ao Senado

Após 1 ano e 4 meses de espera, Fávaro assume vaga no Senado em um mandato "tampão" até que seja realizada eleição suplementar

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Fávaro toma posse e diz que “providência divina” o levou ao Senado
Carlos Fávaro assume vaga deixada pela senadora cassada Selma Arruda (Foto: Assessoria)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-PA), deu posse na manhã desta sexta-feira ao senador Carlos Fávaro (PSD). O ato ocorreu dois dias depois da Comissão Diretora do Senado ter declarado o afastamento definitivo da senadora cassada Selma Arruda (Podemos).

“Eu não acredito em coincidência, creio em providência divina. Sei da responsabilidade em assumir o mandato no Senado Federal no momento tão excepcional para o Brasil e o mundo vive”, disse Fávaro depois da posse.

O senador ficou em 3º lugar nas eleições de 2018, e assumiu temporariamente a vaga deixada por Selma, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em atendimento a uma ação ajuizada pelo governador Mauro Mendes (DEM).

Carlos Fávaro em conversa com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, momentos antes da posse (Foto: Assessoria)

A permanência de Fávaro no Senado ocorrerá até a realização de eleição suplementar, que estava inicialmente marcada para ser promovida em 26 deste mês, mas em razão da pandemia de coronavírus, foi suspensa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e não tem nova data definida.

“Vou me dedicar muito e ajudar, principalmente, nosso Estado de Mato Grosso, onde está tendo uma força tarefa de todos os poderes. O governador Mauro Mendes tem conduzido com excelência essa pandemia, junto com seus secretários e a Assembleia Legislativa. Não será diferente aqui na bancada federal”.

Trajetória

Produtor rural em Lucas do Rio Verde, Carlos Fávaro iniciou sua trajetória política na Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), onde foi o 5º presidente, na gestão de 2011 a 2013.

Em 2014, foi eleito vice-governador junto com Pedro Taques (PSDB), mas renunciou ao cargo em abril de 2018, por incompatibilidade ao governo tucano.

Após posse, Fávaro já participou da primeira sessão como senador (Foto: Assessoria)

Depois de um período de indecisão, aproximou-se do grupo do então pré-candidato Mauro Mendes, e formou aliança pela qual se lançou ao cargo de senado, colocando-se, inclusive como o segundo voto de Jayme Campos (DEM).

A estratégia surtiu efeito, já que Fávaro alcançou 434.972 votos, enquanto que Jayme, 490.699 votos.

Saga contra Selma

Tendo ficado em 3º lugar, Fávaro entrou em uma briga judicial contra Selma Arruda, e foi assistente de acusação contra o mandato da senadora no julgamento no Tribunal Regional Eleitoral, tendo ido até às últimas consequências contra Selma no TSE.

Enquanto isso, Fávaro ficou responsável pelo Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília (Ermat).

Depois de 1 ano e 4 meses de espera, Fávaro finalmente assume vaga no Senado depois de afastamento definitivo de Selma Arruda (Foto: Assessoria)

Na sua atuação contra Selma, e antes disso, quando renunciou ao cargo de vice-governador, Fávaro criou antipatia por parte de alguns grupos econômicos – ligados ao Agronegócio – e que até hoje é grato à Selma pelo trabalho prestado em Brasília e no Estado – e por parte de alguns grupos políticos.

Apesar disso, o agora senador com mandato tampão, não hesita em se colocar como pré-candidato à vaga que passou a ocupar de forma temporária. Antes da suspensão da eleição suplementar, Fávaro já estava pré-candidato e agora terá alguns meses pela frente no Senado para mostrar se merece continuar na cadeira de Mato Grosso no Congresso ou não – dessa vez sob o critério das urnas.

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