O senador Carlos Fávaro (PSD-MT) disse que a retirada do Auxílio Brasil de R$ 600 do Orçamento 2023 vai abrir espaço de R$ 105 bilhões nos gastos do governo federal. No lugar devem ser postos programas de assistência social, a serem criados a partir do próximo ano.
A retirada do benefício do Orçamento vem sendo debatida entre a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio da Lula da Silva (PT) e os parlamentares responsáveis pela montagem das peças orçamentárias no Congresso.
A forma como a mudança será executada está entre uma Proposta de Emenda à Constituição – a PEC de transição – e uma Medida Provisória (MP). Os negociadores tendem a optar pela primeira.
“Estas conversas foram muito positivas no sentido de avançarmos nas discussões que assegurem o pagamento de R$ 600 por mês no Bolsa Família, além de R$ 150 para cada filho de beneficiário do programa menor de seis anos. É um compromisso de campanha do presidente Lula que, tenho certeza, será cumprido já no início do mandato”, disse Fávaro.
O senador compõe a equipe de transição como membro da área responsável por montar o plano de ações para o agronegócio. Também está sendo cotado como ministro da área a partir do próximo ano.
Segundo Fávaro, o orçamento atual já possui R$ 105 bilhões para o pagamento de R$ 400 por mês do Auxílio Brasil. A PEC que deve ser votada fará um incremento de R$ 70 bilhões para o reajuste e para o pagamento adicional.
Nessa quinta-feira (10), o mercado reagiu nervosamente ao discurso de Lula com a sinalização de aumentar os gastos do estado em seu governo. O Ibovespa teve 3% no fechamento e o dólar disparou e ultrapassou R$ 5,30.