O endividamento entre os cuiabanos apresentou mais uma alta em fevereiro. E apesar do nome que tem, o índice aponta para um cenário positivo: quer dizer que as pessoas estão sentindo confiança e voltando a gastar mais.
Em fevereiro, esse endividamento atingiu 74% das famílias na Capital. Em janeiro, havia chegado a pouco menos de 73%. E quando comparado com fevereiro de 2020, o número é ainda melhor. No ano passado eram 62%.
A pesquisa foi feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em parceria com a Federação de Mato Grosso, a Fecomércio.
Menos contas atrasadas
E o levantamento também apontou que a inadimplência reduziu pelo terceiro mês consecutivo. Passou de 35,8% em dezembro para 35,5% em janeiro e agora está em 34,7%.
Do total de famílias que alegaram possuir contas em atraso, cerca de 12% afirmou que não tem condições para pagá-las. Um número menor que no mesmo período do ano passado, quando 28% das famílias não teriam dinheiro o suficiente.
Preocupação à vista
Apesar disso, o momento é de preocupação para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior. Seu temor é que o agravamento da pandemia – e as consequentes ações do governo de Mato Grosso para tentar frear esse avanço – mudem esse quadro positivo.
“As medidas mais restritivas com relação ao funcionamento do comércio, até que as vacinas comecem a chegar à população, podem mudar o atual cenário”, afirmou.
As dívidas de sempre
O cartão de crédito continua liderando como principal tipo de dívida das famílias. E houve aumento, quando comparados janeiro e fevereiro. Passou de 71,5% para 73,8%.
A opção pelo crédito consignado – frequentemente utilizado por aposentados e assalariados – também cresceu. Em janeiro, 6,2% das famílias optaram pelo socorro. Em fevereiro foram 7,7%.
A análise constatou, ainda, que as famílias com renda maior que 10 salários mínimos apresentaram um nível de endividamento maior: quase 76%. Entre as que recebem menos que isso, o percentual foi de 73,8%.
(Com Assessoria)