Criminosos sequestraram a família de gerente da agência do Banco do Brasil, em Santo Antônio do Leveger, na noite de quinta-feira (13). Quatro homens criminosos renderam a esposa e a criança na residência da família e foram até a agência bancária na manhã desta sexta-feira (14) na tentativa de sacar o dinheiro do cofre.
O gerente teria “enrolado” para dar o dinheiro ou fazer uma transferência e os criminosos fugiram, levando a mãe e a criança. Elas foram encontradas no bairro Pedra 90, em Cuiabá, e passam bem.
As informações foram confirmadas pelo Tenente Coronel PM Julianao Chirolli, do Ciopaer (Centro Integrado de Operações Aéreas). Segundo ele, essa modalidade de crime é conhecida como “Sapatinho”. “Eles fazem tudo de forma discreta, tentam não chamar a atenção”, explicou.
Nesse tipo de crime o gerente é liberado para ir até a agência sacar todo dinheiro do cofre, enquanto a família permanece em poder dos suspeitos, até que seja entregue todo o valor dos cofres.
A polícia, segundo o Tenente Coronel, só pôde ser acionada depois que os criminosos partiram e ainda não há informações sobre o rumo tomado pelos sequestradores. “Eles saíram a pé da agência e teriam entrado em um carro uma quadra depois”, disse.
Além do Ciopaer, policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da PM local também foram acionados.
De acordo com o delegado da GCCO, Diogo Santana Souza, nesse tipo de ação é fundamental não permitir que o pagamento de resgate aconteça. “A ação foi frustrada, sem pagamento de qualquer valor aos assaltantes”, disse.
“O objetivo era evitar confronto com os suspeitos, pois isso poderia levar ao ferimento de alguma das vítimas. O trabalho visa, em primeiro plano, libertar as vítimas em segurança, sem pagamento de resgate, e o que foi conseguido com sucesso”, destacou o delegado Diogo Santana Souza.
A equipe do GCCO segue as investigações para identificar os quatro envolvidos no roubo, bem como levantar informações das características físicas e veículos utilizados no crime. Segundo, Diogo Santana, quando identificados, os suspeitos serão indiciados pelo crime de extorsão mediante sequestro.
