Consumo

Falta de trigo e alta do dólar: seu pãozinho vai ficar 15% mais caro na semana que vem

A alta é reflexo da escassez de trigo no mercado brasileiro e vai refletir em outros alimentos, como o macarrão

2 minutos de leitura
Falta de trigo e alta do dólar: seu pãozinho vai ficar 15% mais caro na semana que vem
O pão francês é o mais consumido pelos brasileiros - Rovena Rosa/Agência Brasil

A escassez de trigo e a alta do dólar vão mexer com o bolso das famílias brasileiras que adoram um pãozinho. O preço do pão francês, por exemplo, deve registrar alta de 15%, a partir da próxima segunda-feira (16).

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado de Mato Grosso (Sindipan-MT), Rodrigo Nogueira, o quilo do pão francês deve passar de R$ 15 para R$ 18, em média, em Cuiabá.

A alta, segundo ele, é reflexo da escassez de trigo no mercado brasileiro e vai refletir nos demais itens alimentícios feitos a base do produto, como o macarrão.

A tonelada de trigo passou de US$ 200 dólares em novembro de 2019 para US$ 300, neste mês. “Com a disparada do dólar, esse valor subiu ainda mais para o brasileiro”, explica.

Alta demanda

A produção interna de trigo não é suficiente para atender a demanda brasileira, que busca no mercado argentino a saída para a falta do produto. Mas, neste ano, a Argentina acabou vendendo para o mercado asiático em razão dos melhores preços.

“A produção foi relativamente grande no país vizinho, mas a Argentina acabou comercializando boa parte dos seus estoques para outros mercados, reduzindo o volume disponível para as indústrias brasileiras”, explica.

Mais aumentos

A tendência é que o preço do pãozinho continue subindo no Brasil caso não haja uma intervenção do Governo, avalia Nogueira. Segundo ele, poucos moinhos têm estoques até setembro. “O ideal é o governo buscar novos países para importar o produto. O trigo usado hoje é tudo de estoque regulador de moinho”, disse.

Mensalmente Mato Grosso consome 15 mil toneladas de trigo. Desse total, 5 mil são originárias da Argentina e o restante é de produção nacional, sobretudo do Paraná e Rio Grande do Sul.

“Nós tínhamos que ter mais incentivos. Esse é um produto que todo mundo come. O Brasil teve uma super safra de qualidade no Sul. Conseguimos um produto melhor que o da Argentina, mas sem incentivo a produção no país não decola”, disse.

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