Cuiabá

Falta de médicos ainda prejudica Santa Casa de Cuiabá 18 dias após fim da greve

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Falta de médicos ainda prejudica Santa Casa de Cuiabá 18 dias após fim da greve
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

A greve dos profissionais da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, que ficaram até quatro meses sem receber salários devido crise financeira, ainda deixa vestígios. Mais de duas semanas depois de reabrirem as portas para atendimentos, duas alas permanecem fechadas: as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatal e Pediátrica.

Ao LIVRE, o presidente da instituição filantrópica, Antônio Preza, confirmou que as duas alas, que são primordiais na unidade, permanecem sem receber novos pacientes, mesmo com a retomada dos serviços há quase 20 dias. Segundo ele, isso acontece porque a Santa Casa de Cuiabá sofreu baixa no quadro de funcionários durante o período de atendimento paralisado.

Apesar disso, o médico informou que uma reunião está programada esta terça-feira (18), quando as coordenações deverão fechar uma escala de trabalho para as duas unidades. Atualmente, os profissionais já trabalham em escala, que está determinada até esta quinta-feira (20).

Preza também informou que é possível que a unidade consiga reabrir as portas das UTIs mesmo sem a contratação de novos profissionais (seriam necessárias 20 pessoas para atender os dois setores). Isso porque, segundo ele, alguns dos médicos que haviam pedido demissão não deixaram a unidade.

Crise na Santa Casa de Cuiabá

A greve na instituição começou no final de junho, depois que enfermeiros (que puxaram a paralisação) já somavam mais de dois meses sem receber o salário. O presidente da unidade, Antônio Preza, informou que a Santa Casa enfrentava uma grave crise financeira.

Depois de um acordo com o governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá, os profissionais retomaram as atividades na noite do dia 30 de agosto.

Em audiência de conciliação proposta por funcionários da unidade junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), ficou acordado um empréstimo de R$ 6 milhões por parte do poder público e o repasse de outros quase R$ 1 milhão por serviços prestados.

Segundo Preza, a unidade já recebeu R$ 3 milhões, referente às primeiras parcelas do empréstimo, além de R$ 453 mil referente a UTIs e R$ 568 mil de repasse do Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF). Com o valor, parte da dívida com funcionários já foi paga. O próximo repasse deverá ser feito no dia 30 deste mês, com o montante de R$ 1,5 milhão.

Na semana passada, a Assembleia Legislativa aprovou um projeto de lei que transforma o empréstimo do governo em “subvenção social”. Dessa forma, os parlamentares decidiram que a unidade filantrópica não precisará devolver o dinheiro.

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