Um copinho plástico, um canudinho, um pedacinho de papel e, no final do dia, 5 toneladas de lixo. Esta é a quantidade de resíduos retirada pelos varredores da área central da Capital mato-grossense todos os dias.
Dados da Secretaria de Serviços Urbanos de Cuiabá mostram ainda que a falta de educação das pessoas exige o esforço diário de 100 garis, divididos em 2 turnos.
Marli Alves de Souza, 60 anos, trabalha na Praça Ipiranga, no Centro, e assegura: enche o carrinho em cada uma das voltas que dá no entorno da área.
Ela relata que perdeu a esperança na educação das pessoas e acredita que apenas a aplicação de multas resolveria o problema.
“Eles jogam o lixo no lugar que eu acabei de limpar. Isso quando não jogam olhando para os meus olhos. Nem sequer respeitam as lixeiras”.
Os piores dias de trabalho, segundo a gari, são os que têm distribuição de jornais de uma das igrejas de entorno.
“As pessoas pegam o exemplar da mão do rapaz e jogam alguns metros depois. Se não vai ler, não precisa pegar. Eles também separam as folhas para sentar em cima e, quando vejo, o papel voa e fica por todo canto”.
Na lista de atrações que atrapalham muito o trabalho ainda está a reunião de um grupo de revendedora de produtos domésticos e a entrega de sopão para moradores de rua.
Restos de comida ficam por todo canto e a coleta e varreção acabam sendo dobradas devido à quantidade de resíduos.
Prefeitura
Secretário de Serviços Urbanos da Capital, José Roberto Stopa acredita que as pessoas precisam ter mais educação e entender a importância da destinação correta dos resíduos sólidos.
Ele afirma que a parte do governo é feita, com a instalação de lixeiras e investimento em coleta seletiva. Porém, o cidadão precisa ajudar.
Stopa não descarta a possibilidade de multar quem joga lixo no chão, mas defende que seja a última opção.