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Ex-deputado quer segurança máxima para assassino do pai

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Ex-deputado quer segurança máxima para assassino do pai
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O cumprimento da sentença em presídio de segurança máxima e um tratamento que seria dispensado a qualquer outro condenado é o que o ex-deputado federal Valtenir Pereira (MDB) espera para o sargento da Polícia Militar Francisco Martins Pereira, condenado a 12 anos de prisão pela participação no assassinato de seu pai, Valdivino Luiz Pereira.

“Esse negócio de ficar preso em Batalhão não pode acontecer”, disse o ex-parlamentar, em referência à possibilidade de Francisco ter direito à cela especial por ser militar aposentado. O local onde ele deve cumprir a pena ainda será definido em audiência de custódia prevista para ocorrer nesta quarta-feira (6).

O crime ocorreu há 36 anos, mas Francisco só foi preso na terça-feira (5), segundo Valtenir, por conta de uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), mesmo após o caso já ter transitado em julgado.

A nova ordem para o imediato cumprimento da pena partiu do Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 1º. Com ela, o mandado de prisão foi expedido na segunda-feira (4).

Francisco foi detido nas proximidades de sua casa, em Cuiabá, e, de acordo com o delegado Marcos Veloso, não reagiu. “Foi muito educado e entendeu o trabalho dos policiais. Só pediu para ligar para a esposa, para contar o que estava acontecendo”, disse.

Conforme o relato de Valtenir, o sargento aposentado foi condenado em 2005 pelo Tribunal do Júri. Ele recorreu e, em 2016, conseguiu uma decisão do TJMT anulando a sentença. A defesa da família de Valtenir reagiu, acionando o STF, que restabeleceu o que havia determinado o júri popular e ordenando também o trânsito em julgado – quando não existe mais a possibilidade de recursos – do caso.

Francisco, no entanto, voltou a recorrer ao TJMT, pedindo o que o ex-deputado afirmou ser uma “revisão criminal”, o que, mais uma vez, impediu sua prisão. A tese da defesa do sargento é de que não há provas de sua participação no crime.

Além de Francisco, Sandoval Resende da Silva foi acusado de envolvimento no assassinato. Eles teriam segurado Valdivino para que o assassino, em si, o ex-prefeito de Juscimeira (157 km de Cuiabá), José Rezende Silva – já condenado e cumprindo pena – cometesse o crime. Sandoval morreu há três anos, antes de ser detido.

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