Ericsen Vital/Gcom
Um estudo desenvolvido pelo Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (Gite) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) listou uma série de obras prioritárias para aumentar a participação dos portos do chamado Arco Norte, que envolve todos os portos dos estados da região Norte e o estado do Maranhão, no escoamento da safra de grãos para exportação.
As obras classificadas como prioritárias incluem os três modais logísticos da Região Norte e devem contar com duplicação, asfaltamento e melhorias na sinalização das pistas, vias de contorno de cidades e acessos aos terminais portuários ou intermodais de quatro rodovias federais e de uma estadual (BR-163, BR-080, BR-364, BR-242 e MT-319). Também estão listadas obras para o aumento da capacidade de fluxo das hidrovias dos rios Madeira e Amazonas, além de novos trechos da Ferrovia Norte-Sul e a construção de uma nova estrada de ferro, a Ferrogrão, entre Sinop (MT) e Miritituba (PA).
Resultados preliminares desse estudo foram apresentados em audiência com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, em fevereiro deste ano e são acompanhados pelo secretário-executivo do ministério, Eumar Novacki.
Arquivo/Agência Brasil
De modo a atender às projeções do setor para a produção em 2025, o Arco Norte deve mais que dobrar sua capacidade atual de escoamento, alcançando 40% de participação no volume total de grãos exportados pelo país. Para isso, o estudo aponta a necessidade de investimentos de curto e médio prazo na infraestrutura logística do transporte dos grãos nos estados de Rondônia, Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão e Mato Grosso.
O aumento da participação dos portos de Itacoatiara, Santarém, Barcarena/Vila do Conde e Itaqui nas exportações vai contribuir para diminuir o custo do frete e aumentar a rentabilidade dos produtores. Esses portos estão mais próximos dos principais mercados internacionais e também das maiores zonas produtoras de grãos, como a Região Centro-Oeste, que concentra 42% da produção nacional.
Em um cenário mais conservador, com o volume exportado alcançando 124 milhões de toneladas, os portos do Arco Norte continuariam aptos a atender o fluxo para o mercado externo, escoando 40% da produção de grãos.
(Da Assessoria)