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Estúdio queria Julia Roberts para viver abolicionista negra dos EUA em filme

Cineasta declarou que quando o filme foi planejado, em 1994, “o clima em Hollywood era muito diferente”

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Estúdio queria Julia Roberts para viver abolicionista negra dos EUA em filme

Gregory Allen Howard, cineasta, revelou nesta quarta-feira (20) que Julia Roberts, de Uma Linda Mulher, foi considerada para interpretar Harriet Tubman, em Harriet, nova cinebiografia da ativista abolicionista.

Porém, a declaração causou muita estranheza, pois Roberts é uma mulher branca, e Harriet Tubman era, além de negra, uma ex-escrava e grande ativista dos direitos abolicionistas dos escravos do Sul dos Estados Unidos.

Ela é um dos maiores nomes da luta no país até hoje.

Howard declarou que quando o filme foi planejado, em 1994, “o clima em Hollywood era muito diferente”. Os chefões de estúdio queriam fama, nada além.

“Me falaram que um dono de estúdio disse em uma reunião: ‘o roteiro é fantástico. Vamos chamar Julia Roberts’. E quando alguém falou que ela não poderia ser Harriet, ele respondeu: ‘foi há tanto tempo que ninguém vai saber a diferença’”.

O cineasta tentou mudar o papel para não ficar uma “aula de história,” pois, nos anos 1990, era “isso o que faziam com histórias sobre pessoas negras”. Mas sustentou que odiava a ideia.

“Eu a via como algo essencial para um gênero. Lembro de me perguntarem: ‘é para Harriet Tubman parecer uma super-heroína?’ e era exatamente o que eu queria – uma história acessível”.

Harriet Tubman nasceu nos EUA como escrava – o ano não é certo, mas estima-se que foi em 1822. Ela fugiu da fazenda em que trabalhava aos 27 anos, pouco depois de se casar. O marino, um homem livre, não foi com ela – e ela o abandonou para buscar a liberdade.

Harriet começou a ajudar outras pessoas escravizadas a fazerem o mesmo – sair das fazendas e encontrar lares em estados onde a escravidão era proibida.

Para isso, se juntou a um grupo de pessoas e esquematizou rotas de fugas em trens – as quais ninguém sabia o caminho completo, por segurança.

Estima-se que ela ajudou de 50 a 100 mil pessoas a escapar da escravidão.

O projeto, hoje, está engavetado em Hollywood.

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