Cidades

Estudantes do IFMT pedem lâminas de acrílico para continuar a fazer máscaras

Eles conseguiram entregar 280 unidades para profissionais da saúde na primeira semana de trabalho, mas os insumos acabaram

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Estudantes do IFMT pedem lâminas de acrílico para continuar a fazer máscaras

Os estudantes do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) estão prontos para continuar a produção de máscaras de acrílico e distribuí-las gratuitamente para profissionais da Saúde e da Segurança Pública. Porém, os insumos acabaram.

Formado por 8 pessoas, sendo 4 professores e 4 alunos, o grupo conseguiu em uma semana confeccionar 280 unidades, mas os recursos acabaram e eles conclamam os empresários para ajudá-los.

A principal demanda, explica o coordenado do projeto, professor Pedro Henrique Pereira, são chapas de 2 metros por 1 metros de PetG, nas espessuras de 1mm e 0,5mm. A mais grossa é para fazer o aro e a mais fina para a viseira.

As viseiras de acrílico trazem mais proteção aos profissionais da área de saúde (Divulgação/Prefeitura de Várzea Grande)

Pereira explica que, quando começou a pandemia, o instituto abriu um edital para eleger 25 projetos focados no combate a proliferação do coronavírus. Cada um deles, recebeu R$ 15 mil como financiamento inicial.

“Como trabalhamos com tecnologia da informação, pensamos em fazer as viseira, que são muito úteis nos hospitais e demais atividades de contato direto com o público”, explica o professor.

Então, foram aplicados cerca de R$ 5 mil na máquina de corte a laser e mais R$ 3,5 mil na impressora 3D. O restante do dinheiro foi aplicado em ferramentas e insumos.

“Estávamos tão animados em ajudar que chegamos a trabalhar mais de 12 horas alguns dias”, recorda Pereira.

Rotina de trabalho

Sempre fazemos as peças, montamos as unidades e depois higienizamos todas com álcool 70% para que não haja contaminação cruzada.

Outra medida preventiva é, depois de embaladas e encaixotadas, deixar as máscaras 48 horas em um depósito para descartar qualquer possibilidade de o vírus ter sobrevivido na superfície.

Tanto os produtos para a desinfecção com as embalagens estão sendo fornecidos pelo próprio instituto porque são de uso rotineiro e ainda há no estoque. Contudo, as chapas de PetG precisam ser compradas e não há mais recursos.

Estudantes e professoras fazem e embalam as máscaras conforme as exigências de segurança. (Foto: divulgação/IFMT)

Primeiras doações

As primeiras doações foram para a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Verde, onde está a sede do curso de Tecnologia da Informação. Também foram encaminhadas para Jaciara, após a confirmação do primeiro caso de covid-19 naquele município.

Dentro da programação do grupo, os próximos beneficiados serão os policiais militares e integrantes do Corpo de Bombeiros.

Quando a pandemia chegar ao fim, os alunos querem transformar o laboratório em uma espaço para oferecer cursos de capacitação para a comunidade.

Quer ajudar?

Você pode procurar informações pelo e-mail : projetosextensao@ifmt.edu.br ou fazer uma visita a unidade do IFMT em Campo Verde. Fica na avenida Isidoro Luiz Gentilin, nº 585, bairro Belvedere.

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