A sensibilidade e o sentimento de amor ao próximo fizeram com que William Junior de Lima Almeida, de 21 anos, montasse uma venda de brownies para ajudar um rapaz que ele sequer conhece. É a velha máxima “fazer o bem sem olhar a quem” sendo colocada em prática.
William é estudante e foi por meio das redes sociais que conheceu um pouco da história de Rodrigo Alves Silva, de 17 anos. Apesar de terem idades próximas e serem os dois moradores de Várzea Grande, a diferença entre os rapazes é de Rodrigo tem paralisia cerebral – um conjunto de sintomas de afetam a coordenação motora e sua postura.
Mesmo tendo nascido com a doença, Rodrigo sempre foi ativo e, por 16 anos, levou uma vida considerada normal, segundo sua mãe Antônia Alves da Conceição, de 43 anos. O que uniu Rodrigo e William, no entanto, foi uma dificuldade vivida pela família e um apelo da matriarca, compartilhado nas redes sociais.
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Segundo Antônia, por anos Rodrigo usou uma cadeira de rodas que, agora, já não supre a necessidade. Em conjunto, o adolescente ainda sofreu complicações e acabou acamado.
[featured_paragraph]“Ano passado ele teve umas complicações, que a alimentação dele estava sendo desviada para o pulmão. Ai ele colocou uma sonda de receber alimento e as coisas se complicaram, porque a dieta passou a ser líquida, que é muito cara, e ele não tem mais a cadeira. Então ele passou a viver a vidinha dele deitado aqui no quarto”, contou ao LIVRE.[/featured_paragraph]
Antônia, que é mãe sete filhos, sendo que três são mais velhos que Rodrigo e outros três são mais novos, precisou largar o emprego de diarista para se dedicar exclusivamente ao adolescente, uma vez que sua alimentação e locomoção passaram a depender totalmente dela.
Ela contou que chegou a buscar auxílio no Centro de Reabilitação Integral Dom Aquino Corrêa (Cridac) de Várzea Grande. No entanto, foi informada de que não havia mais cadeiras de rodas disponíveis. Assim, Rodrigo permanece diariamente na cama.
Ao contar a história nas redes sociais, Antônia conheceu a mãe de William, que chegou a ir visitar Rodrigo. Lá, a família soube de que a rotina de Rodrigo exigia muito mais cuidado do que imaginavam.
Segundo William, sua família começou ajudando com doações do leite especial que o adolescente usa (Leite Nutre Entereal Soya 1.0, que custa, em média, R$ 52). Depois, William teve a ideia de vender os brownies para conseguir o dinheiro para a cadeira de rodas.
Trabalhando e estudante, quase não sobra tempo para preparar a receita. Então, o estudante buscou parceria com a empresa Bee Brownie, que passou a fornecer o doce por um preço mais acessível. Dessa forma, William começou a revendê-los.
Dos brownies, os clientes podem escolher dois tipos: há os que não têm recheio e custam R$ 5. No entanto, se o cliente quer um sabor a mais, pode optar entre opções como leite ninho e nutella, por exemplo. São 6 sabores para escolher. Esses, recheados, custam R$ 7. O dinheiro arrecadado será utilizado para comprar a cadeira de rodas de Rodrigo.
No entanto, caso seja possível ajudar a família de outra forma, William conta que há vários itens dos quis Rodrigo precisa diariamente. Mesmo que alguns não tenham custo elevado, sua mãe, Antônia, precisa de muitas unidades e, sem emprego, acaba utilizando apenas o benefício de previdência do filho para sustentar toda a casa. Por isso, também precisa de doações.
Assim, quem, além do Brownie do Bem, quiser contribuir de outra forma, poderá doar fraldas geriátrica M, equipo, gase, luvas descartáveis, leite Nutre Entereal Soya 1.0, sonda de aspiração número 20 e produtos de higiene em geral.
Para ajudar, basta entrar em contato com William pelo telefone (65) 99242-6353.
