Danielle Reis de Souza Siman, de 36 anos, e Gabriel Brito Gabiato Pires, de 18, tiveram a prisão preventiva decretada na noite de sexta-feira (5), pelo assassinato do comerciante Geraldo Jamil Siman Moreira, de 51 anos. Ele foi morto com dois tiros na cabeça, no dia 18 de janeiro, no bairro Cidade Verde, em Cuiabá.
A decisão é do juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal da Capital, que recebeu a denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual (MPE) também na sexta-feira.
Além da esposa e do jovem, que era seu amante, se tornaram réus no processo Hermes Domingos de Oliveira, Atailson Espirito Santo, Ygor Henrique da Silva Martins e Kaio Antonio Amorim dos Anjos.
Conforme a denúncia, Ygor Henrique teria sido o autor dos disparos, após ter sido contratado por Gabriel e Danielle. Ele contou com o apoio de Atailson Espírito Santo, que deu suporte para o crime com uma motocicleta. Já Kaio e Hermes são acusados de serem os intermediários entre os mandantes do crime e os executadores.
Ao receber a denúncia do MPE, o magistrado atendeu a um pedido da Promotoria e decretou a prisão preventiva dos seis envolvidos, que foram cumpridas nesse sábado (6).
“Ademais, coaduno com o parecer do Ministério Público, visto que o crime foi praticado com extrema frieza, desprovidos de compaixão, sendo que, em tese, uma das mandantes é a própria esposa da vítima, planejado em detalhes, perpretado mediante concurso de agentes e divisão de tarefas, o que explica o acentuado grau de periculosidade dos denunciados, o que justifica a garantia da ordem pública, além de que o crime foi cometido em via pública, o que acarreta grande abalo ao meio social”, diz trecho da decisão.
O magistrado ainda citou “alto grau de periculosidade e crueldade que abala a ordem pública e gera grande repercussão social”.
Segundo o advogado Augusto Bouret, contratado pela família do comerciante para atuar como auxiliar de acusação no caso, quatro réus já estavam presos, incluindo Danielle. Com a determinação do juiz, Kaio Amorim dos Anjos foi preso no sábado, já que não constava no inquérito policial como denunciado. Executor, Ygor Henrique ainda é considerado foragido.
O caso
Geraldo Jamil foi morto no dia 18 de janeiro, por volta das 5h30, quando saía de sua casa, no Bairro Cidade Verde, em Cuiabá, para ir ao trabalho. Ainda no portão de casa, ele foi surpreendido por dois homens. Pensando que era um assalto, colocou a mão na cabeça e se deitou no chão. De lá, não levantou. Um dos criminosos – agora sabe-se que Ygor Henrique – atirou três vezes contra o comerciante. Dois tiros o acertaram na cabeça.
Conforme a Polícia Civil, o assassinato foi encomendado por Danielle, esposa de Geraldo, e seu amante, Gabriel, de apenas 18 anos. Para a polícia, a mulher criou uma trama colocando Geraldo como uma pessoa violenta. Gabriel, o amante, comprou a história.
“Ela falava que não tinha nada com o marido dela, que o primeiro filho foi fruto de estupro e o segundo porque ela bebeu e nem sabia que eles tinham transado. Falava para o Gabriel que ela era vítima de violência doméstica, que ele agredia muito ela, que ele ameaçava, que deixava ela presa no quarto, essas coisas todas”, disse a delegada Eliane de Moraes, responsável pelas investigações do caso, à reportagem do LIVRE.
No relatório policial, a equipe destacou que a frieza de Danielle teria chocado os investigadores. A morte de Geraldo foi encomendada por R$ 15 mil, que teriam sido pagos com dinheiro da família de Gabriel e do próprio Geraldo.
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