Comportamento

Esporte na infância é capaz de melhorar o enfrentamento de emoções e raciocínio cognitivo

Especialista afirma que, a curto prazo, crianças demonstram mais confiança e melhor autoestima

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Esporte na infância é capaz de melhorar o enfrentamento de emoções e raciocínio cognitivo
(Foto: Letícia Maia)

Não é novidade que o esporte é um ótimo aliado para saúde em qualquer fase da vida. Porém, os efeitos podem ser ainda melhores caso sejam inseridos na rotina desde a primeira infância. As artes marciais, danças e outras atividades que tenham exercícios regulares – contribuem muito para o bom desenvolvimento físico e raciocínio cognitivo.

Um estudo realizado em 2020 pelo British Journal of Sports Medicine, a partir de trabalhos de especialistas do Reino Unido, Escandinávia e dos Estados Unidos, países onde a educação das escolas exige a prática dessas atividades na grade educacional, indicou que a rotina enérgica melhora autoestima e da autoconfiança; a capacidade intelectual; o desenvolvimento do raciocínio lógico e mais facilidade de resolver problemas em grupos.

É o que pontua também o psicólogo Giancarlo Piazzeta, que há alguns anos atua na educação infantil. Piazzeta enfatiza que o cérebro pode receber estímulos capazes de ajudar na sociabilização e a lidar com os sentimentos. “O simples convívio com outras crianças, seja durante as aulas ou enquanto realizam brincadeiras e esportes, estimula que as crianças se tornem mais sociáveis. No decorrer das dinâmicas, elas percebem e respeitam as diferenças e que todos têm limitações, o que fortalece a capacidade da colaboração, tolerância e crescimento em grupo”, defende.

Outro fator importante que o especialista aponta é que o esporte é uma eficaz ferramenta para lidar com sentimento de perda e, indiretamente, a frustração. Há 10 anos enquanto diretor do Berçário e Educação Infantil Tia Coruja – o psicólogo notou que, quanto mais as crianças são estimuladas a se superarem, mais também auxiliam no processo umas das outras. “É uma prática saudável, desde uma luta como o karatê – que é um esporte de contato. Como um ballet, que trabalha também a concentração, postura e equilíbrio. Tudo isso envolve treinos frequentes, dedicação e cargas direcionadas de responsabilidade”, acrescenta.

(Foto: Letícia Maia)

A pequena Cecília, filha da Caroline Navarros, é aluna do local e faz karatê há 6 meses. Segundo sua mãe, com duas aulas por semana, aos quatro anos de idade, tem amor pelo esporte e melhorou muito a coordenação motora. “Ela pediu para fazer as aulas e, sempre ouvimos falar bem do esporte. Escolhemos matricular na mesma escola em que já estuda pela praticidade de estar no mesmo ambiente e junto aos amigos. Me sinto muito feliz de acompanhar esse processo”, comenta.

Giancarlo reitera que com os relatórios semestrais produzidos na escola, fica nítido que com a autoestima e autoconfiança trabalhadas juntas no esporte – também há um melhor desempenho escolar. “As crianças mais confiantes tendem a ser mais desenvoltas em sala de aula, encarando os desafios propostos pelos professores com mais segurança”, finaliza.

(Da Assessoria)

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