O público pediu bis e o diretor, produtor e ator André D’Lucca atendeu ao pedido e irá revelar os tabus por trás da diversidade do corpo. Após a estreia que esgotou os ingressos 15 dias antes, Proibido Para Menores será apresentado novamente no Dia das Mães (13), desta vez no Cine Teatro Cuiabá, às 20h. Os ingressos, R$ 40 inteira e R$ 20 meia, estão sendo vendidos na bilheteria do local ou AQUI.
No espetáculo, o nu será descortinado em 9 monólogos, por atores que irão desconstruir a forma como o corpo é enxergado, sem se preocupar com os padrões estéticos. Numa sessão de aproximadamente 60 minutos, serão apresentados corpos masculinos, femininos e transexual, onde são vistas características femininas e masculinas. Há ainda corpos mais velhos e mais jovens, magros ou acima do peso socialmente definido.
“Proibido Para Menores revela a insatisfação pessoal e que o outro não enxerga da mesma forma como a pessoa se julga. Onde, ou a barriga está grande demais, o peito caído demais, a bunda caída, o nariz é grande, a bochecha é grande e etecetera”, descreve a sinopse. Assinam a produção da peça André D’Lucca, que divide a direção com Eloá Pimenta, iluminação Lorivaldo, arte Fernanda Fernandes e o texto é coletivo.
No Espaço Incasa, onde a peça estreou, enquanto as encenações acontecem entre um cômodo e outro, o público esteve a poucos metros de distância dos atores. É de lá que o grupo releva novos atores e espetáculos em cursos e oficinas. Recentemente o aluno Ryancarlos Oliveira foi selecionado em São Paulo para o projeto “MGT O Encontro” e emplacou uma bolsa de estudos integral de teatro.
Mais informações para a compra de ingresso pelo telefone (65) 2129-3848 e para as inscrições das oficinas de teatro pelo contato (65) 99292-9907.
Monólogos
O ator Carlos André traz um personagem que irá refletir sobre padrões estéticos, por ser acima do peso padrão. O monólogo da Thaís Amorim, por sua vez, aborda a sexualização do corpo feminino e o ser mulher e ter que estar sempre pronta para satisfazer os desejos masculinos.
Já Wagton Douglas irá contar a história do nu e Helô Godoy encenar um demônio que promete revelar o pecado da nudez. Ygor Santos também traz a sexualização, mas do corpo negro, com um personagem baseado numa história real.
Ariane Cury, que é travesti, fala sobre o corpo da mulher transexual, operada e não operada. Eloá Pimenta vai ser duas personagens em conflito com o espelho: uma é bem resolvida com o corpo e a outra leva sempre em consideração a forma como as outras pessoas enxergam o corpo dela.
André D’Lucca também entra em cena e o seu monólogo vai relatar a primeira experiência de nudez do ator no teatro. O nu sempre foi encarado pelo como um grande tabu que levou muito tempo para ser superado. D’Lucca ficou pelado pela primeira vez aos 36 anos, no espetáculo Aluga-se Negro 1,75, 80 kg, Malhado, que estreou em julho e 2013, no Cine Teatro Cuiabá.
