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Enxurradas causam destruição de pontes e bueiros no Norte do Estado

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Enxurradas causam destruição de pontes e bueiros no Norte do Estado
Foto: Divulgação

O grande volume de chuvas tem causado transtorno aos moradores de Nova Bandeirantes, município distante 999 km de Cuiabá, ao Norte do Estado. Nas duas últimas semanas, já foram catalogados 10 locais afetados entre pontes e bueiros. Dentre os registros, o mais grave é destruição da ponte de madeira com 40 metros de comprimento, que estava sobre o rio Turvo na BR-208.

Até ontem (07), os técnicos da Defesa Civil estadual, que estão na cidade, haviam registrado o dano em seis pontes e quatro bueiros. A equipe está na região para fazer o levantamento da quantidade de estragos causados pelas chuvas, para assim, decretar situação de emergência.

[featured_paragraph] Segundo o Assistente Técnico de Reposta e Reconstrução da Defesa Civil estadual, Adrialdo dos Santos, Nova Bandeirantes “é o município com maior registro de estragos”, relata o servidor. [/featured_paragraph]

O órgão já estava monitorando os municípios do norte de Mato Grosso e já faziam trabalhos preventivos antes dos incidentes. Vale ressaltar que a região Norte é mais afetada pelo grande volume de chuvas, que tem registrado recordes em todo o estado.

Ele adiantou que a situação do extremo norte mato-grossense pode ficar ainda pior, já que a volumetria das chuvas deve aumentar. “Os problemas ligados aos temporais geralmente têm início em dezembro, mas não acontecem nos mesmos níveis como o ocorrido neste ano. O ápice é em janeiro e meio de fevereiro”, relatou.

Adrialdo contou que em 2017, a região mais afetada foi a do Araguaia. “Este ano está mais aqui pro extremo norte. Há Ciclos, varia”, explicou o técnico.

De acordo com o prefeito de Nova Bandeirantes, Valdir Pereira, a ponte sobre o rio Turvo – levada pela correnteza, foi feita de forma provisória e não havia completado nem 90 dias. Segundo ele, sua construção foi necessária devido a necessidade de desfazer a antiga, para dar lugar a uma nova, de concreto.

Sem a ponte da BR-208, a prefeitura municipal fez um desvio de 16km, via zona rural, para que os transeuntes consigam passar pelo local. Contudo, o trajeto só está liberado para veículos leves, já que a via não suporta caminhões. “Esse acesso ainda sofre pontos de atoleiro. As chuvas não param e a estrada não tem estrutura para o grande volume de tráfego”, explicou o prefeito

Segundo ele, a reconstrução da ponte de madeira sobre o rio Turvo, na BR-208, deve custar aos cofres públicos de R$ 150 a R$ 250 mil.

Valdir Pereira contou que as obras de recuperação de algumas pontes pequenas, estradas e bueiros têm sido feitas com recursos e maquinários da prefeitura municipal, mas de forma lenta. “O grande volume das chuvas estão prejudicando os trabalhos. Vamos atuando quando a chuva dá uma trégua”, relatou o prefeito. A prefeitura também disponibilizou homens e máquinas para amparar os condutores que porventura precise de auxílio.

Caminhões encostados

De acordo com o técnico da Defesa Civil, os caminhoneiros que estavam de passagem pela BR-208 foram orientados a evitar o desvio. Por esse motivo, tiveram que ficar parados na rodovia, próximo da zona urbana, em virtude das condições da rota criada pela prefeitura. Segundo ele, há caminhões de madeira, leite e gado, encostado na estrada.

O prefeito Valdir explicou que por haver 240 km de asfalto entre Alta Floresta e Nova Bandeirantes, os caminhoneiros preferem essa rota para fugir das más condições de outras estradas. “O asfalto foi terminado recentemente e ainda está em boas condições para trafegar, contudo a ponte ainda não foi terminada”, explica o gestou ao falar da ponte em construção.

Situação de Emergência

Foto: Divulgação

Os técnicos da Defesa Civil estadual chegaram no município na última quinta-feira (06), para fazer o reconhecimento da gravidade da situação da cidade.

A equipe tirou fotos com georreferenciamento dos locais afetados, que foram enviadas pelo Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD) da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, ligado ao Ministério da Integração. Com esses dados, a cidade provavelmente entrará em situação de emergência. “O pedido deve atendido, no máximo, em dois dias”, relata o técnico.

A equipe ficará no município até começar a construção da nova ponte provisória sobre o rio Turvo, na BR-208. “Será construída de forma paliativa uma nova ponte de madeira até terminar a construção da ponte de concreto. Para manter o acesso”, pontua Santos.

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