Os entregadores de aplicativos promovem uma greve nacional nesta quarta-feira (1º). Os trabalhadores pedem melhores condições de trabalho, medidas de proteção contra os risco de infecção pelo coronavírus e mais transparência na dinâmica de funcionamento dos serviços e das formas de remuneração.
A paralisação foi convocada por trabalhadores de empresas como Rappi, Loggi, Ifood, Uber Eats e James.
Atualmente, os entregadores são remunerados por corrida e pela distância percorrida. Eles cobram o aumento das taxas mínimas recebidas por cada corrida e o valor mínimo por quilômetro.
Tanto em relação à remuneração quanto aos bloqueios, os trabalhadores questionam a falta de transparência das plataformas, que não deixam claras as formas de cálculo dos pagamentos e os critérios utilizados para a suspensão das contas dos trabalhadores.
Estudo
Um estudo de sete pesquisadores, publicada na revista Trabalho e Desenvolvimento Humano e realizada neste ano, entrevistou entregadores de apps em 29 cidades durante a pandemia.
O trabalho mostrou que mais da metade (54%) trabalham entre nove e 14 horas por dia, índice que aumentou para 56,7% durante a pandemia. Entre os ouvidos, 51,9% relataram trabalhar todos os dias da semana.
Cerca de metade dos entrevistados (47,4%) recebia até R$ 2.080 por mês e 17,8% disseram ter rendimento de até R$ 1.040 por mês. A maioria dos participantes do levantamento (58,9%) afirmou ter tido queda da remuneração durante a pandemia.
(Com Agência Brasil)