Crônicas Policiais

Entregadora de app de comida é agredida por personal trainer ao tentar fazer entrega em Cuiabá

Um dia depois do ocorrido, um grupo de entregadores de comida se reuniu em frente ao trabalho do suspeito para protestar

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Entregadora de app de comida é agredida por personal trainer ao tentar fazer entrega em Cuiabá
Imagem ilustrativa

Uma entregadora de aplicativo de comida foi maltratada e agredida por um cliente, personal trainer, na noite desse domingo (24), ao tentar fazer uma entrega no Bairro Jardim Primavera, em Cuiabá.

Segundo a entregadora relatou no registro do boletim de ocorrência, o suspeito teria se exaltado por ela não ter subido ao apartamento para fazer a entrega e que ele já desceu xingando.

Ela pediu que ele passasse o código de entrega e o cliente se negou. A entregadora resolveu, então, começar a filmar o que estava acontecendo e o suspeito partiu para cima dela.

A vítima afirmou que ele a empurrou e tomou seu celular de sua mão. Ela havia mandado mensagem pedindo socorro aos amigos de trabalho e o suspeito, ao ver o pedido, apagou e, em seguida, jogou o celular dela no chão.

A entregadora disse, ainda, que o personal trainer a ameaçou dizendo para ela não voltar mais no local, pois ele era policial e seria pior para ela.

Veja as mensagens enviadas pelo suspeito à entregadora no aplicativo:

Questionada, a entregadora disse que se sentiu pressionada psicologicamente. “Pela ameaça que ele fez, de que ia meter bala, eu pensei na minha família”, afirmou a vítima.

Protesto

Nessa segunda-feira (25), um grupo de entregadores por aplicativo se uniu em frente ao trabalho do suspeito, no Bairro Jardim das Américas, em Cuiabá, em protesto ao ocorrido.

“Nós somos todos unidos, mexeu com um, mexeu com todos, em especial as mulheres. Porque aqui nós estamos para ganhar nosso pão de cada dia. A galera está toda reunida porque, infelizmente, uma pessoa agrediu outra. Isso não deveria existir”, disse Israel da Silva, 44 anos, um dos organizadores do protesto.

Israel afirmou, ainda, que a ação que a vítima teve, de não subir para entregar o pedido, é orientada pelo próprio aplicativo.

“O próprio aplicativo nos orienta que não é para nós subirmos no apartamento, do prédio. Entregar na porta ou na portaria. Agora o cliente quer que a gente suba e entregue na porta? Nós não temos condições para isso”, afirmou.

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