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Energia elétrica: especialistas descartam racionamento, mas cobram consumo eficiente

Profissionais do setor pontuaram a importância de medidas de conscientização e de aprimoramento do programa contra a crise hídrica

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Energia elétrica: especialistas descartam racionamento, mas cobram consumo eficiente
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre )

Segundo o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, o Brasil teve a menor entrada de água nos reservatórios dos últimos 91 anos, no período chuvoso de setembro de 2020 a março de 2021. A situação foi o que levou a Agência Nacional de Águas a emitir um alerta e tem sido usada como justificativa para o aumento da tarifa da energia elétrica.

Mesmo assim, especialistas no setor de energia descartam a possibilidade de haver racionamento em 2022.

Diretor da Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Sinval Zaidan Gama, todavia, afirma que “algumas das medidas implementadas precisam ser continuadas para termos uma situação mais confortável em 2022”. Segundo ele, “o uso racional e eficiente dos recursos é fundamental não apenas em momentos de crise, deve ser uma ação permanente”.

Os apontamentos foram feitos na 18.ª edição do Congresso Brasileiro de Eficiência Energética – COBEE 2021, promovida neste mês pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO).

Incerteza para a economia

Na ocasião, Wagner Mancini, coordenador comercial da Nexway Eficiência, lembrou que o risco de faltar energia se converteu em um fator de incerteza para empresas, comércio e o setor industrial como um todo.
“Ao analisar as projeções feitas para o mercado, todos os cenários pedem por adoção de medidas de conscientização de consumo e de aprimoramento do programa contra a crise hídrica”, enfatizou.

A superintendente de Programas de Governo da Eletrobras, Renata Leite Falcão, abordou a importância da adoção da eficiência energética como meio de evitar que essa situação se repita no futuro.

“Nós entendemos que a primeira lição apreendida desde 2001, ou antes, é que temos que tratar a eficiência energética como algo constante, perene, estrutural, não apenas em uma conjuntura de crise”, afirmou.

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Frederico Araújo, presidente da ABESCO, ainda destacou ser importante que o governo induza os mercados, mas que também é fundamental a existência de mecanismos e recursos privados para o desenvolvimento da eficiência energética.

“É importante ressaltar que, em termos de financiamento, o setor de energias renováveis já possui instrumentos financeiros de crédito que viabilizam a sua expansão, mas isso não ocorre com eficiência energética. Essa é a nossa luta nos últimos anos, convencer o setor privado financeiro de que a eficiência energética é tão relevante para o país quanto a geração renovável”, destacou.

(Da Assessoria)

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