Ednilson Aguiar/ O LIVRE
As empresas envolvidas na Operação Crédito Podre teriam sonegado cerca de R$ 140 milhões em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
De acordo com o delegado Sylvio do Vale Ferreira Júnior, da Delegacia Fazendária (Sefaz), o esquema teve início em 2012 e em 2016 houve um aumento no volume de operações. A partir daí, a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) começou a identificar as fraudes.
Cerca de um milhão de toneladas de grãos, num valor de R$ 2,1 bilhões, teriam tido os registros fiscais fraudados. Ao todo, mais de 30 mil notas frias foram emitidas pelo grupo.
A Polícia Judiciária Civil pediu o bloqueio de R$ 100 milhões de cada um dos integrantes da organização criminosa. Ao todo, 16 pessoas foram presas, entre empresários, corretores e operadores do esquema.
O secretário-adjunto de Receita Pública da Sefaz, Último de Almeida, afirmou que a secretaria identificou que uma das empresas emitia notas a cada dois minutos e meio.
“É por causa deste tipo de crimes que nós temos diversos processos de cobrança na Sefaz, que nunca serão recebidos. Esse é um modelo de negócios no qual a sociedade é a maior prejudicada”, afirmou o secretário de Fazenda, Gustavo Oliveira.
O esquema seria comandado pelo empresário Wagner Fernandes Kieling, com a utilização de diversas empresas de fachada.
Produtos como milho, algodão, soja, feijão, arroz, sorgo, capim, girassol e outros seriam vendidos para fora do Estado sem o recolhimento dos impostos.