Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal, instalada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o empresário Aldo Locatelli afirmou que o PCC (Primeiro Comando da Capital), facção que teria sede em São Paulo, usa postos de combustíveis para lavar dinheiro oriundo de outras práticas criminosas.

O motivo seria a facilidade para “esconder” produtos e sonegar impostos no segmento de combustíveis.

Locatelli, que presta depoimento na manhã desta terça-feira (23) aos deputados, preferiu não entrar em detalhes sobre a denúncia. Destacou, entretanto, que na Capital paulista os membros da facção possuem, inclusive, códigos para identificar seus postos.

Ainda conforme o empresário, a sonegação na comercialização de combustível é fácil porque os governos têm concentrado a cobrança de impostos em três setores: combustíveis, energia elétrica e comunicação. Ao contrário dos dois últimos, contudo, sobre o primeiro não há um controle efetivo do quanto entra e sai do Estado.

“Comunicação e energia têm como medir [o consumo do cidadão], combustível não. Combustível vem por transporte terrestre para Mato Grosso, então, a sonegação é evidente”, disse.

Aldo ainda destacou que, do preço médio do litro da gasolina, por exemplo, mais da metade é referente apenas a impostos cobrados sobre o produto. “A gasolina é R$ 1 e pouco, o resto é imposto. Se o cara consegue fazer isso [sonegar], ele ganha mais do que roubar”, afirmou.

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