O lançamento da construção do primeiro Hospital Veterinário público de Cuiabá foi suspenso por tempo indeterminado. Um homem que diz ser o dono da área onde seria levantado o prédio foi ao evento e acusou a prefeitura de grilagem.
É o empresário Luiz Aberto Gebrini que sustenta: ele comprou a área em 2010, foi na prefeitura para se certificar da localização, fez a consulta prévia e, em seguida, escriturou tudo em cartório.
“Fiquei surpreso quando eles invadiram a minha área, quebrando toda a cerca que eu havia instalado. Então, peguei os documentos e fui na Secretaria de Obras. Lá, eles disseram que a obra seria suspensa até que tudo fosse esclarecido”, afirma Gebrini.
Ao descobrir que o lançamento seria nesta segunda-feira – a imprensa anunciou ainda na sexta-feira (14) -, o empresário se sentiu desrespeitado e resolveu ir pessoalmente confrontar os gestores municipais.
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Poucos minutos antes da chegada do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) no local, Gebrini chamou a imprensa e começou a fazer a denúncia. Disse que está entrando com um mandado de segurança na Justiça para que a construção sequer comece antes de o caso ser esclarecido.
Quando comprou o terreno, que tem 21 mil metros quadrados, o imóvel já era valorizado. Está nas margens da Rodovia Palmiro Paes de Barros, entre o Parque Cuiabá e o Real Parque.
Naquela ocasião, Gebrini pagou cerca de R$ 1 milhão. Desde então, segue fiel ao pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Todos os anos, o valor é de R$ 16 mil.
Gebrini é proprietário de uma empresa de comércio de materiais de construção, localizada na Avenida Carmindo de Campos, e diz que quer uma solução para o impasse e que não aceitará que tomem o imóvel dele.
Pego de calças curtas
Secretário Municipal de Meio Ambiente, Juarez Samaniego estava no local no horário da confusão, por volta das 9h30 da manhã. Ele está à frente da obra e afirmou que o empresário estava enganado. Chegou a dizer que os documentos seriam fraudados ou equivocados.
O secretário garantiu que, antes de iniciar o projeto, certificou-se que a área era do município e avaliou que o tabelião que fez a escritura é que pode ter fraudado a documentação ou agido de má-fé.
Como o desentendimento entre as partes causou um desconforto entre os presentes, Samaniego optou por suspender o evento e disse que a prefeitura vai apresentar as provas de propriedade do terreno em breve.