Judiciário

Empresário aciona Porta dos Fundos por incitação à intolerância religiosa

Empresário de Cuiabá considera que o vídeo "está ofendendo diretamente a fé cristã" e pede que a Netflix retire o programa do ar

2 minutos de leitura
Empresário aciona Porta dos Fundos por incitação à intolerância religiosa
(Foto: Reprodução)

O empresário cuiabano Álvaro José de Camargo representou, no Ministério Público de Mato Grosso (MP), contra a produtora de vídeos Porta dos Fundos pelo “Especial de Natal” lançado na Netflix.

Camargo diz que o vídeo “incita a intolerância religiosa” e deve ser retirado do ar. Ele pede que o MP abra uma ação civil pública “para a defesa dos direitos da coletividade cristã” contra a empresa nacional.

No documento protocolado nessa quinta-feira (12), o empresário relata que o vídeo humorístico deturpa as imagens de Jesus, Maria e José, bem como de Deus e outras figuras religiosas.

No filme “Especial de Natal – A Primeira Tentação de Cristo”, Jesus é um homossexual que usa entorpecentes e se relaciona com “o Diabo”, enquanto Deus, José e Maria formam um triângulo amoroso.

Para ele, isso foi feito “com claro intuito de ridicularizar figuras religiosas de extrema importância a inúmeros cidadãos brasileiros que professam a fé Cristã”.

“Toda a trama de conteúdo fortemente ácido e ofensivo travestido de humor não pode ser indevidamente acobertada sob a alegação de garantia à Liberdade de Expressão. Por outras palavras, a liberdade de expressão não autoriza a ofensa de outros direitos também tutelados pela Magna Carta”, escreve o empresário.

Camargo ainda afirma que a intenção não é discutir sobre o que é “pecado” ou não nos atos dos personagens, mas “analisar o desrespeito praticado em desfavor da coletividade Cristã em crer em algo como sagrado”.

Ele ainda afirma que permitir a continuidade de exibição do filme seria concordar com a prática de intolerância religiosa.

Ele pediu, por fim, que o Ministério Público instaure um inquérito civil para apurar o caso e, consequentemente, proponha uma ação na Justiça para a remoção do filme.

Confira o vídeo gravado por Camargo na porta do Ministério Público, em Cuiabá:

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