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Empresa de saúde diz ter sido usada politicamente para atacar secretário

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Empresa de saúde diz ter sido usada politicamente para atacar secretário
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

A Sociedade Mato-grossense de Assistência em Medicina Interna (Pró Clin), citada na manhã desta terça-feira (4) em denúncia formulada por vereadores contra o secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correia, negou que o representante da Prefeitura de Cuiabá também represente a empresa. Além disso, classificou a denúncia como “política”, pois teria sido formulada com o único intuito de atacar o secretário.

Depois que os vereadores Diego Guimarães e Abílio Júnior usaram a tribuna da Câmara Municipal para denunciar que Huark Correia teria pago mais de R$ 9 milhões para a empresa, a qual, em 2015, registrou procuração dando totais poderes ao médico, a empresa afastou a possibilidade de Huark ser administrador ou sócio da entidade.

[featured_paragraph]“O secretário de Saúde não é o representante da empresa. A procuração que existe e [foi] utilizada por vereadores na CPI da Saúde é datada de 2015 e não foi utilizada pelo gestor desde muito antes de ele ser confirmado na pasta”, esclareceu a empresa.[/featured_paragraph]

A Pró Clin pontuou que o contrato firmado com a Empresa Cuiabana de Saúde, que gerencia o Hospital São Benedito, foi resultado de um processo licitatório, analisado por melhor oferta de mercado, com menor custo. Também garantiu que todo o montante recebido foi referente a serviços efetivamente prestados.

Ao final, a empresa disse lamentar “o uso político de sua imagem, com a finalidade de atacar o atual secretário de Saúde”.

O secretário de Saúde também negou as acusações. Garantiu que sua relação com a empresa era técnica, uma vez que a instituição trabalha com medicina intensiva, que é sua especialidade. Pontuou, por fim, que solicitou o desligamento da administração da Pró Clin quando recebeu o convite para ser gestor do Hospital São Benedito, em 2017.

A denúncia

Segundo denunciou os vereadores Abílio Júnior e Diego Guimarães na tribuna da Câmara Municipal de Cuiabá na manhã desta terça-feira, o secretário municipal de Saúde, Huark Douglas Correia, teria firmado um contrato de prestação de serviço entre a empresa na qual figura como representante e o Hospital Municipal São Benedito. Ao todo, já teriam sido pagos mais de R$ 9 milhões para a instituição.

Na tribuna, os parlamentares apontaram documentos e chegaram a falar em exoneração do secretário Huark Correia “pelo possível dolo” que possa ter causado. Garantiram ainda que iriam encaminhar a denúncia ao Ministério Público do Estado (MPE).

 

Confira abaixo as notas de esclarecimento:

Secretário Huark Correia

“Minha colaboração técnica com a PRÓ CLIN já perdura há anos – uma vez que ela é especializada em Medicina Intensiva, que é minha especialidade enquanto médico. Em 2015 assinei uma procuração para responder pela administração da referida empresa. Entretanto, em 2017, quando recebi o convite para assumir o cargo de gestor na Empresa Cuiabana de Saúde Pública, eu já havia solicitado o desligamento da administração da empresa como preconiza a lei.

Cabe ressaltar que, quando iniciei na gestão da Empresa Cuiabana o contrato com a PRÓ CLÍN já estava vigente e jamais houve benevolências com quaisquer que sejam as empresas contratadas. Inclusive, os contratos aditivados com a PRÓ CLIN sofreram redução durante o período em que estive à frente da Empresa Cuiabana“.

Sociedade Mato-grossense de Assistência em Medicina Interna (Pró Clim)

1) O secretário de Saúde não é o representante da empresa. A procuração que existe e utilizada por vereadores na CPI da Saúde é datada de 2015 e não foi utilizada pelo gestor desde muito antes dele ser confirmado na pasta;
2) Ao contrário do que afirmam alguns vereadores, a empresa não tem contrato com o Hospital São Benedito válido por cinco anos. Na verdade, a empresa venceu um processo licitatório, apresentando no momento da análise a melhor oferta de trabalho com o menor custo aos cofres públicos;
3) Os valores recebidos pela Proclin relativos a este contrato referem-se a serviços efetivamente prestados, cobrados conforme pactuado na licitação e auditado por órgãos de controle, que atestam a veracidade das informações prestadas;
4) A empresa lamenta o uso político de sua imagem, com a finalidade de atacar o atual secretário de Saúde e reafirma que há vários meses Huark Douglas Correia não representa a Proclin.

DIRETORIA PROCLIN

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