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Embargo da China às exportações brasileiras completa 1 mês e sem solução

Frente Parlamentar da Agropecuária tenta resolver suspensão, mas cobra "ação incisiva" do governo Federal

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Embargo da China às exportações brasileiras completa 1 mês e sem solução

A bancada ruralista na Câmara Federal tenta articular retomada da exportação da carne bovina do Brasil para a China. O impedimento completou um mês no dia 23 e avaliação de prejuízo é de US$ 10,4 milhões por dia. 

Cerca de 60% da produção brasileira é vendida para o país asiático. Conforme o deputado federal Neri Geller (PP-MT), além de afetar o mercado internacional o embargo ajuda pressionar o preço no Brasil. 

“Estamos acompanhando com preocupação essa pauta uma vez que, os estragos vão além dos US$ 10,4 milhões perdidos diariamente pelos pecuaristas brasileiros. Estamos diante de uma crise diplomática, onde nosso principal comprador fechou as portas de forma unilateral”, disse. 

A China embargou a importação de carne bovina do Brasil após a identificação de dois casos da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença transmitida para humanos. As autoridades sanitárias disseram na época que os casos são isolados e não representam risco de surto. 

A persistência da suspensão seria mais uma questão política por causa da crise na relação diplomata entre Brasil e China, após o ataque ao consulado chinês no Rio de Janeiro. O governo federal ainda não se manifestou sobre o assunto. 

“A FPA (Frente Parlamentar Agropecuária) tem se reunido com a ministra Tereza Cristina (Agricultura) e estamos atentos à movimentação do Brasil na retomada desse mercado. Mas, ainda assim, medidas mais incisivas precisam ser tomadas”, disse. 

“Respeito e cordialidade”

No começo desta semana, o governador Mauro Mendes comentou o assunto sem fazer críticas diretas ao governo federal. Ele chamou a atenção a questão de as relações diplomáticas brasileiras ser feitas com mais “cordialidade”. 

“As nossas relações internacionais têm que ser cordiais, têm de ser pautadas nos múltiplos interesses dos Estados e das nações. Fica aí um alerta pra que todos nós, governantes, tratemos nossos clientes com o devido respeito e cuidemos também os interesses que afetam o aspecto econômico”, disse. 

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