Embora tenha elogiado a decisão do Governo do Estado em assumir, temporariamente, a gestão da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) prevê a judicialização do processo por parte da atual administração da unidade filantrópica de saúde.
“Graças a Deus o estado tomou uma posição, antes tarde do que nunca. Era uma medida que precisava ser tomada, mas a tendência é haver uma judicialização, pois com essa intervenção você toma a administração da atual direção”, disse o emendebista nessa quinta-feira (02), após reunião em que o governador Mauro Mendes (DEM) anunciou que iria decretar a requisição de bens e serviços da Santa Casa e transformá-la em uma unidade hospitalar estadual.
Na oportunidade, Emanuel Pinheiro, que declarou ter ficado sabendo da decisão do governo somente nessa quinta, também justificou o fato de a Prefeitura de Cuiabá não ter assumido a gestão do hospital no lugar do Governo do Estado.
“O município não tinha condições de assumir a Santa Casa, mesmo havendo pressão, só faríamos isso se não houvesse outra alternativa. Sempre defendi a união do estado e município para regularizar essa situação, assim como sempre falei que o estado é o lado mais forte, com uma condição maior de assumir”, pontuou o prefeito.
Desde que a unidade paralisou os atendimentos, em 11 de março, Emanuel Pinheiro e Mauro Mendes vinham trocando farpas quanto à responsabilidade sobre a situação da Santa Casa.
Enquanto o prefeito buscava dividir essa responsabilidade com o Estado, argumentando que 70% dos atendimentos são a pacientes do interior e que Cuiabá não tinha condições de “salvar” a unidade sozinha, o governador afirmava que a manutenção do hospital era de competência exclusiva da prefeitura e que o Estado não tinha recursos para ajudar a reduzir o déficit financeiro.