Cuiabá

Emanuel Pinheiro diz que pode aumentar restrições em Cuiabá

Preocupado com o destemor dos cuiabanos quanto à pandemia, prefeito diz que implementará rodízio de veículos e toque de recolher se for preciso

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Emanuel Pinheiro diz que pode aumentar restrições em Cuiabá

Em entrevista na manhã desse sábado (11), o prefeito Emanuel Pinheiro reiterou sua grande preocupação quanto ao descuido com o qual grande parte dos cuiabanos está encarando a questão do avanço do coronavírus na capital mato-grossense.

Questionado sobre a possibilidade de se implantar rodízio de veículos e toque de recolher na capital. Pinheiro falou que tem visto aumentar significativamente a circulação de veículos em Cuiabá e que as equipes da Fiscalização Unificada tem feito monitoramentos de vários bairros onde muita gente não tem respeitado o isolamento social.

“Todas as segundas-feiras me reúno com representantes das equipes de fiscalização e eles me trazem um relatório. Espero que não seja necessário implementar o rodízio de veículos e o toque de recolher, mas se for preciso vamos adotar sim, pelo bem dos cuiabanos”.

Segundo o prefeito, todas as ações adotadas até o momento servem para que evite que Cuiabá se torne uma “nova Milão”.

“Estamos tentando conscientizar a população cuiabana da gravidade dos fatos e de que o coronavírus não é um exagero, é uma realidade, infelizmente. Apenas a mobilização de toda a sociedade, com cada um fazendo a sua parte, se comprometendo a mudar um pouco seus hábitos, respeitando o isolamento social, protegendo os grupos de risco da sua família e do seu semelhante é que vamos conseguir conter esse progresso do vírus, especialmente nessa época ainda inicial do avanço, que ameaça ser vertiginoso”, disse o prefeito.

“Ainda estamos num momento de práticas preventivas e informativas, mas já estamos na segunda semana e daqui pra frente pretendemos agir de uma forma mais pedagógica especialmente com algumas atividades econômicas e com alguns setores da população em geral que ainda teimam em descredenciar a gravidade e a seriedade da pandemia”, completou.

O prefeito ressaltou ainda que todas as medidas tomadas têm base técnico-científicas, mas que mesmo assim os cuiabanos não estão levando a sério como deveriam.

Apesar de nos 10 primeiros dias termos tido êxito no isolamento social, notamos que nos últimos cinco dias houve um relaxamento generalizado e um destemor por parte da população sobre o COVID-19, o que me preocupa bastante“, disse.

Em relação ao questionamento sobre se o sistema de saúde da capital está pronto para suprir a alta demanda que possa vir a acontecer, Emanuel falou que o mundo não estava preparado para uma pandemia, e que Cuiabá não é diferente.

“O isolamento social, que é uma medida recomendada pela Organização Mundial de Saúde, é necessária para que possamos ganhar tempo para achatar a curva de ascensão do vírus e estruturar o sistema de saúde. Além desta nova ameaça, temos o cotidiano do sistema de saúde que precisa continuar dando resposta, pois temos outras doenças, como dengue, chikungunya, zika, pessoas que se acidentam, que são atropeladas, que sofrem violências físicas… Existe toda uma estrutura do sistema de saúde que funciona paralela a isso”, comentou.

Em seguida falou sobre como Cuiabá está se preparando.

“Aqui em Cuiabá montamos o Plano de Contingência ao COVID-19, com a Fase de Contenção, que é essa de medidas preventivas e a Fase de Mitigação, que é a estruturação da rede. Na primeira etapa da Fase de Mitigação estamos preparando a rede já existente. O antigo Pronto Socorro de Cuiabá será o hospital referência para COVID-19. Ao todo, na capital, só na rede municipal teremos 109 leitos de UTI e cerca de 250 leitos de enfermaria, distribuídos entre o PS antigo, o hospital São Benedito e a UPA Verdão”.

(Com Assessoria)

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