Prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro disse nesta quarta-feira (28) que não deve segurar por mais tempo o reajuste da tarifa de ônibus. A alta dos combustíveis estaria pressionando a compensação que o munícipio tem feito nos últimos anos, para evitar o novo valor.
“Essa alta do diesel está afetando bastante e o setor tem vivido uma situação de redução de passageiros, o que diminui o ganho. Por outro lado, o aumento da tarifa faz afastar o passageiro por causa do preço”, disse.
A prefeitura não aprova um novo reajuste da tarifa há cerca de três anos e meio. E as altas seguidas dos combustíveis pela Petrobrás, desde o ano passado, elevaram o custo de abastecimento para perto de 40%, somente nos reajustes mais recentes.
O reajuste já vinha sendo cogitado desde o começo de 2021, quando o transporte coletivo voltou a operar em nível mais próximo a 100% de ocupação, com o recuo da situação de pandemia.
O pedido mais recente das empresas do setor ocorreu em dezembro. A planilha publicada no fim do ano passado indica aumento de R$ 8,1 milhões no subsídio para manter o funcionamento do serviço.
Também teria ocorrido aumento entre 4% e 38% na manutenção de frota, pessoal e pagamento de impostos, no período de julho de 2020 a agosto de 2021.
O último reajuste de tarifa foi autorizado em 2019 pela Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Arsec). O preço subiu de R$ 3,85 para os atuais R$ 4,10 – aumento na casa de 6%.