Ednilson Aguiar/Olivre
Emanuel Pinheiro disse que base aliada é livre para assinar requerimento de CPI
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), afirmou que não teme a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, que deve ser aberta nos próximos dias para investigar seu envolvimento ou não nos fatos delatados pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
“Quem não deve, não teme”, declarou Emanuel à imprensa, na manhã desta quinta-feira (8). “Só desejo que isso não afete a governabilidade. Temos obras por todos os cantos da cidade e a gestão não pode parar”, completou.
Ele demonstrou tranquilidade com o fato de dois vereadores da base aliada terem assinado o requerimento de CPI: Adevair Cabral (PSDB) e Luís Cláudio (PP). O apoio deles não fez diferença na abertura do processo, pois o vereador Toninho de Souza (PSD) já deu a assinatura decisiva na quarta-feira (7), logo depois anunciar o rompimento com a base.
“Temos uma base muito séria e muito leal, com a qual temos uma relação republicana. A bancada é livre para apoiar a CPI. A Câmara é um poder independente. Eu respeito a Câmara. E a CPI é problema do Legislativo”, afirmou.
Ele negou, ainda, estar articulando para emplacar outra CPI, já apelidada nos bastidores de “CPI da Lua de Mel”. “Não tem nada disso”, disse o prefeito.
Delação monstruosa
Emanuel Pinheiro foi um dos deputados flagrados em vídeo recebendo dinheiro das mãos do ex-chefe de gabinete de Silval, o também delator Silvio Corrêa. Os delatores afirmaram que os vídeos referem-se ao pagamento de mensalinho para apoiar o governo.
A defesa do prefeito alegou que o dinheiro era para pagar uma dívida de uma pesquisa eleitoral realizada pelo instituto do seu irmão.