Tatiana Sangalli
A publicitária Tatiana Sangalli Padilha, que afirma ter tido um caso com o ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, também pode ter sido alvo de um suposto esquema de grampos ilegais em Mato Grosso, denunciado pelo promotor Mauro Zaque à Procuradoria Geral da República. Em nota enviada à imprensa nesta quinta-feira (18), ela nega que tenha qualquer vínculo com tráfico de drogas ou com os policiais envolvidos na denúncia.
Tatiana diz que o relacionamento amoroso com Paulo Taques começou em 2009 e durou até 2015. Ela afirma acreditar que, talvez por isso, tenha tido o nome incluído na lista dos grampos.
A publicitária cobra que se apure com o rigor o caso e que os autores sejam apresentados. “Não permitirei que meu nome seja usado para encobrir crimes de quem quer que seja, posto que sou vítima”, finaliza. A reportagem ligou para Paulo Taques diversas vezes na tarde desta quinta, mas não conseguiu contato.
Esquema
As escutas ilegais vieram à tona na última semana e culminaram na saída de Paulo Taques do governo. Telefones de advogados, jornalistas, médicos, políticos, um desembargador e assessores parlamentares aparecem na lista de grampos.
Entre os telefones, estão números pertencentes à deputada estadual Janaína Riva (PMDB), ao advogado eleitoral ligado ao PMDB José do Patrocínio, ao ex-vereador, Clovito Hugueney (falecido), ao jornalista José Marcondes “Muvuca”, ao desembargador aposentado José Ferreira Leite, entre outros. Eles teriam sido interceptados entre o período eleitoral de 2014 e 2015.
Os números foram incluídos em uma investigação sobre tráfico de drogas realizada em Cáceres em um esquema chamado de “barriga de aluguel”.
O caso foi denunciado pelos promotores Mauro Zaque e Fábio Galindo, que à época eram secretário e adjunto da pasta de Segurança Pública do governo estadual, respectivamente. Zaque afirma ter avisado o governador Pedro Taques, por diversas vezes, sobre os grampos. O governador refuta essa versão.