Em visita a Mato Grosso nesta sexta-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que vive um momento de “harmonia” com o Congresso Nacional e que aposta na sintonia com outros Poderes, incluindo os governos estaduais, como caminho para conseguir implantar mudanças no Brasil.
“Hoje, nós vivemos em uma política muito saudável com o parlamento brasileiro, bem como com os governadores, como o nosso governador de Mato Grosso [Mauro Mendes]. Vivemos aquilo que, através dessa união, dessa harmonia, venha trazer não mais que solução e garantia que vocês vão viver dias melhores”, disse.
Em visita a três cidades de Mato Grosso em poucas horas nesta sexta-feira (18), Bolsonaro causou alvoroço em meio a centenas de pessoas que queriam vê-lo e cumprimentá-lo.
O voo do presidente chegou a Sorriso (398 km de Cuiabá) por volta das 7h30. No aeroporto, ele foi ovacionado com o apelido de “mito”, abraçou pessoas e pegou crianças e até um cachorro no colo.
Em Sinop, cidade a cerca de 100 quilômetros de onde desembarcou, participou da inauguração de uma usina de etanol da Inpasa.
Na cidade do agro, ele disse que a decisão dos produtores de não cederem à “conversa mole” do contágio, evitou que o Brasil caísse em colapso econômico e tivesse escassez de alimentos.
Sobre a pandemia em si, Bolsonaro falou dela no passado e num tom que manteve desde o início da crise sanitária, de não ver motivo para a paralisação do país.
“Vocês não pararam durante a pandemia, vocês não entraram naquela conversinha mole de ‘fica em casa, a economia a gente vê depois’. Isso é para os fracos. O vírus, eu sempre disse, era uma realidade e tínhamos que enfrentá-lo. Nada de se acovardar perante aquilo que não podemos fugir”, disse.
Incêndios florestais
Ele de novo ressaltou o agronegócio ao comentar a situação dos incêndios no Pantanal e na floresta amazônica, dizendo que as críticas ao número de focos de calor tentam manchar a imagem da produção brasileira.
Cercado por simpatizantes e com discurso de exaltação do agronegócio, a visita não teve sustos. Na volta ao aeroporto, por volta das 15h, o presidente novamente caminhou entre as pessoas, distribuindo apertos de mão.
A visita foi acompanhada por ministros, pelo governador Mauro Mendes, senadores, como Jaime Campos (DEM) e Wellington Fagundes (PL), e deputados, como Neri Geller (PP) e José Medeiros (Podemos).