Há cinco dias 100% dos frigoríficos do estado de Mato Grosso estão com as portas fechadas, sem qualquer tipo de operação. O prejuízo diário chega a R$ 50 milhões. Das 27 plantas que estão aptas a operar no estado, todas suspenderam as atividades e deram folga para cerca de 30 mil funcionários desde a última quinta-feira (24). Por dia, 17 mil bovinos deixam de ser abatidos.
Os números foram repassados ao LIVRE pelo presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado de Mato Grosso (Sindfrigo-MT), Luiz Antônio Freitas. “Nem a Carne Fraca foi tão árdua como essa crise”, afirmou.
Somados, os prejuízos ultrapassam os R$ 250 milhões na indústria da carne mato-grossense. “Isso sem falar na crise de imagem. O prejuízo é financeiro e moral. É o Brasil deixando de cumprir os compromissos com a exportação, isso prejudica a imagem do país como um todo”.
Na avaliação do presidente, é difícil medir o que é pior: penar com altos custos no frete, do diesel e impostos ou com a paralisação das unidades frigoríficas. “De todo jeito nós perdemos muito dinheiro”.
Para ele, os governos precisam ter a responsabilidade e o entendimento com a classe grevista o mais rápido possível. “Nós somos solidários ao movimento, mas é preciso ter cautela também”.