A Câmara de Cuiabá foi palco de mais uma confusão entre os vereadores na manhã desta quinta-feira (14), durante a votação da lei que institui novas tributações aos motoristas de aplicativos de transporte, como Uber e 99. Renivaldo Nascimento (PSDB) e Abílio Junior (PSC) estavam entre os mais exaltados.
Renivaldo não gostou quando o assessor do deputado estadual Ulysses Moraes (DC), Rafael Millas, aplaudiu uma fala de Abílio Junior. Seguiu Rafael, que estava saindo do plenário, para tirar satisfação. À equipe do LIVRE, Ulysses – que foi à Câmara defender a reprovação do projeto – disse que o vereador estava exaltado e que deu um “empurrão” em seu assessor, o que considerou um absurdo.
Já Abílio Junior subiu até a galeria, onde diversos taxistas acompanhavam a sessão, e protagonizou um bate boca com os profissionais. Presidente da Câmara, Misael Galvão (PSB), ameaçou chamar a Polícia Militar e pediu o apoio de seguranças para esvaziar a galeria.
Os dois vereadores também se estranharam quando Abílio afirmou que Renivaldo teria mentido ao dizer que a taxa de vistoria que estaria dentro do projeto já existia em São Paulo. Após a fala Renivaldo deu um soco no tablet que Abílio portava.
Outro bate boca, mas entre Abílio Junior e Toninho de Souza (PSD), terminou em um pedido de desculpas e um abraço para selar a paz. Toninho defendeu que o novo projeto não geraria aumento dos preços dos aplicativos, nem prejudicaria os usuários.
A aprovação do projeto
A sessão foi marcada por interrupções, prorrogações e pedidos de vistas. Após quase cinco horas de muita discussão, a nova regulamentação, que institui a alíquota de 5% de ISS, além da cobrança de R$ 0,05 por quilômetro rodado e uma taxa de vistoria de aproximadamente R$ 150, foi aprovada por 17 votos favoráveis e 5 contra.
As cobranças e gestão do recurso deve ficar a cargo da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob).