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Em expedição, fotógrafo percorrerá quase mil quilômetros seguindo fluxo do Rio Cuiabá

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Em expedição, fotógrafo percorrerá quase mil quilômetros seguindo fluxo do Rio Cuiabá
Foto: José Medeiros

Quando o artista José Medeiros diz que tem um projeto novo de fotografia, é certo que se trata de uma viagem com dia e hora para sair, e apenas, uma previsão de chegada. É que é possível que o fotógrafo e documentarista, tenha que estender o cronograma, pois suas incursões exigem muito mais que apenas registros. José Medeiros realiza expedições em que as trocas culturais são condições sine qua non.

A novidade é a Expedição 300: O Rio das Lontras Brilhantes, em que ele vai percorrer cerca de 980 km pelo Rio Cuiabá, da nascente à foz [sem contar o trecho do retorno]. “É maravilhoso o lugar onde ele nasce, na região de Nobres e Rosário Oeste. Um lugar de mata fechada. É mesmo emocionante observá-lo e depois, comparar com a imagem que temos dele, levando em conta as dimensões que conhecemos, como a que vemos na divisão entre as cidades de Cuiabá e Várzea Grande”, testemunha.

Ainda sem patrocinadores, viajando sozinho, mas com auxílio e orientação de moradores das comunidades de dez municípios, ele percorre já na próxima semana, o primeiro trecho, de Nossa Senhora da Guia a Santo Antônio. E assim, passa por comunidades diversas, como São Gonçalo, Engordador, Bom Sucesso, Pai André, Praia Grande, Miguel Velho, Engenho Velho, Vale Verde, Porto São José, Praia do Poço, Barranco Alto, Barra do Aricá, Boca do Varador e Croará, entre outras.

O segundo trajeto, será de Santo Antônio a Porto Cercado, depois de Porto Cercado a Porto Jofre e por fim, segue até a Serra do Amolar, na foz com o Rio Paraguai, na divisa de Mato Grosso, com Mato Grosso do Sul e Bolívia.

“E estou planejando também um diário de bordo, em que vou contando tudo que vou vivendo, os personagens que vou encontrando pelo caminho. Farei muitas imagens também em 360 graus e é bem possível, que no futuro, estes arquivos sirvam de fonte para pesquisas, que sejam apreciados, revisitados”.

Afinal, seguindo o fluxo das águas, ele se embrenhará pela fauna e flora, se relacionando com as pessoas, ouvindo histórias, vivendo tal qual esses personagens que serão eternizados pelo projeto.  “Nestas cidades, encontram-se colônias de pescadores, comunidades, quilombolas, áreas indígenas, ribeirinhos, assentados e produtores. Assim, a expedição assume importante papel histórico e antropológico”, aponta. É um projeto que começa em 2019, com previsão de conclusão em 2020. Apenas previsão.

No futuro, o projeto deve ser contado também, com as já habituais exposições sinestésicas do artista, com direito a fotografias, vídeos, sons e até, essências.

Nascente do Rio Cuiabá

Nas pré-incursões, José Medeiros conheceu Geraldo de Abreu, o guardião da primeira nascente do Rio Cuiabá, preservada com muito cuidado, há pelo menos 60 anos. “A água é cristalina”, diz Geraldo, antes de tomar muitos “golões” direto da fonte. Veja o registro:

Quer colaborar com a empreitada? Entre em contato pelo (65) 99221-7909 ou pelo e-mail josemedeirosfotografo@gmail.com . Nas redes sociais, acesse @300expedicao300, via Facebook ou Instagram.

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