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Em Cuiabá, dar comida a pombos vai gerar multa de R$ 200

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Em Cuiabá, dar comida a pombos vai gerar multa de R$ 200
Foto: Paulo Toledo Piza/G1

Uma nova lei aprovada nesta quinta-feira (29) pela Câmara Municipal de Cuiabá pretende impedir a proliferação de pombos na cidade. O projeto de lei que proíbe os munícipes de dar comida a pombos foi apresentado pelo vereador Ricardo Saad (PSDB) e aprovado pelos parlamentares. A lei precisa ser sancionada pelo prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para passar a valer.

Durante a votação, os vereadores falaram sobre a importância da nova lei, reconhecendo que o animal é transmissor de diversas doenças e é considerado uma praga urbana.

Conforme a legislação, fica proibido alimentar ou manter abrigo para alojamento dos pombos. Os proprietários de imóveis que estiverem com infestação deverão colocar redes ou outro tipo de obstáculo que não permitam que o pombo pouse e faça morada.

Ainda segundo o texto, a comercialização de alimentos para os pombos nas ruas e praças públicas do município também estão proibidas.

Em caso de descumprimento, a legislação prevê de advertências a pagamento de multa de R$ 200. Se houver reincidência, o valor será dobrado a cada vez.

Transmissor de doenças

O pombo, embora pareça inofensivo, é um grande transmissor de doenças. Além disso, ´é considerado peste urbana por ser a espécie de aves que melhor se adapta ao ambiente urbano. Uma doença rara, porém que já deixou vítimas em Mato Grosso, é a criptococose, transmitida pelas fezes do bicho, assim como histoplasmose.

De acordo com o neurocirurgião Roger Rotta, a doença é considerada rara no meio médico, mas grave, já que chega ao ser humano e outros animais por meio do ar. “É uma doença muito grave, principalmente porque o índice de mortalidade é muito alto”, explicou. Segundo ele, a infecção pode acontecer de formas variadas, seja por meio do vento, que levanta a poeira com as fezes, quanto por meio do contato direto do ser humano com o animal.

Embora não seja contagiosa, a doença atinge, sobretudo, o pulmão, comprometendo os sistemas respiratório e nervoso. Por isso, não é raro o diagnóstico da doença ser precedido de quadro de pneumonia.

Casos de infecção

Em Mato Grosso ainda não há registros oficiais de pessoas infectadas com a doença ou de obituários relacionados junto a Secretaria de Estado de Saúde. No entanto, alguns casos chegaram a público por meio da imprensa.

Um dos casos foi de Celso Luiz Gomes, de 47 anos, que morreu em março de 2017 em decorrência da doença. Ele chegou a ser internado em um hospital particular de Cuiabá, onde ficou na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) por 20 dias. Entretanto, sofreu morte cerebral. Celso trabalhou por 23 anos na Central de Distribuição dos Correios, no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande e o local que chegou a ser fechado pela Justiça em razão da infestação de pombos.

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