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“Em ciência, a gente só combate mitos com verdades”, responde ministro a grupos antivacinas

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“Em ciência, a gente só combate mitos com verdades”, responde ministro a grupos antivacinas
Foto: Mayke Toscano - Secom/MT

Em sua primeira agenda em Cuiabá, o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta demonstrou preocupação ao falar sobre movimento antivacina e fake news disseminadas sobre os diferentes tipos de imunização. Mandetta participou da abertura da 17ª Semana de Vacinação das Américas, que reúne gestores de saúde até o final da semana, em Cuiabá.

O ministro de Saúde demonstrou preocupação com o crescente número de pessoas que têm aderido ao movimento antivacina, muitas motivadas por notícias falsas – as conhecidas fake news -, que acabam muitas vezes convencendo de que a vacina poderia trazer mais riscos do que proteção, em especial às crianças.

“Em ciência a gente só combate mitos com verdades. As teorias são respondidas pelos cientistas nos congressos e publicações. A gente vê muitos pais e mães, que por ignorância ou por ter aquela fonte como fidedigna, deixam de vacinar seus filhos contra doenças perfeitamente controláveis por vacina. O que o governo vai fazer é o que a sociedade vai fazer e o que os meios de comunicação sempre fizeram, que é trazer a verdade”, destacou Mandetta.

O ministro lembrou de doenças emblemáticas que vitimaram inúmeras pessoas, em especial nos séculos XIX e XX, como a caxumba, sarampo, meningite, hepatite, pólio e até mesmo a gripe, como aconteceu não só com a gripe espanhola, mas também com a asiática. Para o gestor, as fake news e “boatos”, como ele mesmo denominou, são criminosos e devem ser combatidos com a verdade.

Fortalecimento do cartão de vacinação

Para o ministro da Saúde, o cartão de vacinação deve ser mais valorizado, em especial para o público infantil, que futuramente deve se tornar um documento obrigatório para todas crianças.

Há positiva sinalização para que um pacto de cooperação internacional seja realizado, com a finalidade de que as cidades que fazem fronteira com o país também exijam o documento e mantenham sempre atualizado. Segundo o gestor, já existe um acordo com as Forças Armadas neste sentido.

Vacinação contra Influenza

A Campanha Nacional de Vacinação iniciou no dia 10 de abril em todo o país. Nestes 12 dias de campanha, Mato Grosso já imunizou 12.9% de gestantes e 7% das crianças, primeiro grupo prioritário. A meta é de que 90% dos grupos prioritários seja imunizado neste ano. Para isso, foram distribuídas 900 mil doses da vacina.

Diante dos números, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), que também esteve presente na abertura do evento, reconheceu que os resultados preliminares ainda estão além do esperado.

“Ficou demonstrado aqui que Mato Grosso não está bonito nesta fotografia e nós vamos nos empenhar. Já conversei ao pé da orelha com o secretário Gilberto [Figueiredo, secretário de Saúde] e com nossos técnicos e podem ter certeza que nós envidaremos todos os esforços para agradecer essa deferência que nos foi dada, dando resultados nos indicadores de vacinação dentro do estado de Mato Grosso”, pontuou Mendes.

Ampliação do público-alvo

Mandetta também falou sobre a possibilidade de ampliação do público-alvo da campanha, inserindo as forças de segurança neste contexto.

Até então, o público era composto por crianças menores de cinco anos, gestantes e puérperas, idosos acima de 60 anos, trabalhadores da saúde, professores de escolas públicas e particulares, indígenas, presos e agentes penitenciários, além de pessoas com algum tipo de doença crônica, que apresentem prescrição médica.

“Nós temos a frequente entrada das forças de segurança em situações de risco, dentro de presídios ou lugares confinados. Como a população é vacinada, os agentes penitenciários são vacinados por causa da concentração de pessoas, esse ano nós conseguimos ampliar mais 1,3 milhão doses para atender forças de segurança, diminuindo o absenteísmo, para que a gente continue promovendo as ações de segurança”, explicou o ministro.

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