Ex-governador de Mato Grosso e agora advogado, Pedro Taques (PSDB) fez questão de comparecer e participar do julgamento de suas últimas contas de governo, relativas ao ano de 2018.
Foi a primeira vez na história do país que um ex-governador participou efetivamente do julgamento.
Por 35 minutos, Taques fez sustentação oral, justificando porque suas contas deveriam ser aprovadas. No discurso, dramas, ironias e críticas ao antecessor e ao sucessor no governo.
Conhecido pelas “frases de efeito”, ele também não perdeu a oportunidade de reutilizá-las. Disse preferir “não chorar pelo leite derramado”. “Prefiro vender lenços”, completou.
Taques também parabenizou os membros da Corte de Contas. Lembrou que encontrou um “Estado quebrado”. Chegou a comparar a crise econômica enfrentada em 2015 com a queda da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929. Mas, segundo ele, os efeitos aqui foram muito piores.
No campo das ironias, o ex-governador “confessou” que não conseguiu realizar em Mato Grosso tudo o que sonhava. E usou o termo “delatar”, dizendo que o ato estaria na moda.
Ele é citado na delação do ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, sobre desvios de recursos da Seduc, apurados na Operação Rêmora. Mais recentemente, foi apontado como mandante dos grampos ilegais que originaram a Grampolândia Pantaneira.