Judiciário

Ribeirão Cascalheira e Bom Jesus do Araguaia têm novos prefeitos

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Ribeirão Cascalheira e Bom Jesus do Araguaia têm novos prefeitos
(Foto: Divulgação/Justiça Eleitoral)

Quase 10 mil mato-grossenses saíram de casa neste domingo (7) para eleger o novo prefeito do município. O dia de eleições suplementares foi  determinado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), após a cassação dos líderes do Executivo de Ribeirão Cascalheira (890 km de Cuiabá) e Bom Jesus do Araguaia (1.000 km).

Conforme o TRE-MT, a expectativa era de que 11,2 mil pessoas participassem da eleição nos dois municípios. Mais de 110 pessoas, em cada cidade,  atuaram como mesários, coordenadores, membros das juntas de mesa e policiamento.

Em Ribeirão Cascalheira, Luzia Nunes Brandão, que atua como prefeita interina desde 14 de junho de 2018, foi eleita prefeita com 2.274 votos, equivalente 53,36% dos votos válidos. Ela concorreu contra Wiser Barbosa Moura, que recebeu 1.988 votos, o que representa 46,64% do total considerado válido.

Na cidade, foram disponibilizados cinco locais de votação, 4.420 pessoas compareceram às urnas. Desses, 52 escolheram a opção “branco” e 106 anularam seus votos. O resultado foi divulgado pelo TRE-MT, pouco depois das 18h30.

Na divisa do Estado com Goiás, Bom Jesus do Araguaia elegeu, neste domingo, Ronaldo Rosa de Oliveira como prefeito. Ele, que era chefe do Legislativo municipal, já estava no cargo desde 14 de setembro de 2018. Seu vice é Marcilei Alves de Oliveira. O adversário era Silvio Maria Dantas, que tinha como vice Leandro Silveira Arruda.

Com os pleitos deste domingo, Mato Grosso já soma sete eleições suplementares, desde 2016, quando os prefeitos no curso do mandato foram eleitos. As novas votações aconteceram em Planalto da Serra, Conquista D’Oeste, Mirassol D’Oeste, Alto Taquari, Primavera do Leste e, agora, Ribeirão Cascalheira e Bom Jesus do Araguaia.

Cassação

Ex-prefeito em Ribeirão Cascalheira, Reynaldo Fonseca Diniz, que havia sido reeleito, e seu vice, Gleison Oliveira da Silva, tiveram os diplomas cassados e declarada suas inelegibilidade por oito anos.

A decisão foi tomada pelo Tribunal Regional Eleitoral depois que foi comprovado que o secretário de Saúde do município, Jair Barros Lima, usou meios ilegais para captar votos. Ele teria realizado 460 exames oftalmológicos de forma gratuita, que foram arcados pela Prefeitura.

Mesmo não tendo participado ativamente da compra de votos, os líderes do Executivo teriam ordenado o ato ilegal, o que causou “desequilíbrio no pleito” e resultou na cassação do mandato. Eles também foram condenados ao pagamento de multa em R$ 10 mil.

Eles recorreram da decisão de 1ª instância e tiveram dois recursos rejeitados. Um terceiro ainda aguarda para ser julgado.

Já em Bom Jesus do Araguaia, Joel Ferreira, que também tinha sido reeleito, e seu vice, Edmarcio Moreira da Silva, foram cassados em julho de 2018 por usar maquinários da Prefeitura para construção e reformas de açudes e represas em quase 100 propriedades particulares.

Conforme o TRE-MT, Joel e Edmarcio foram declarados inelegíveis pelos próximos oito anos e penalizados ao pagamento de multa de R$ 31,9 mil.

Ex-prefeito e vice tentaram recorrer na decisão de 1ª instância, mas o presidente da Corte, desembargador Márcio Vidal, negou o recurso.

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