Duas indústrias frigoríficas em Mato Grosso foram afetadas com o embargo à carne de frango brasileira por parte da União Europeia (UE). As unidades ficam nas cidades de Nova Mutum (269 km de Cuiabá) e Várzea Grande.

Ao todo, a UE restringiu a compra de frango de 20 unidades. A unida suspensa em Várzea Grande está com as atividades paralisadas a cerca de dois anos. Enquanto a planta de Nova Mutum tem sua produção voltada para o Oriente Médio.

No Estado, outros dois municípios detêm grande parte da produção de aves: Nova Marilândia e Lucas do Rio Verde, entretanto, produzem para outros mercados como o Japão e China, além do mercado Interno.

Para o empresário do setor e senador, Cidinho Santos (PR-MT), a restrição não deve afetar tanto Mato Grosso, mas é ruim para o setor. “É ruim porque vai ter mais frango no mercado interno e impactar os preços”, explica.

Quanto a queda dos preços, Cidinho afirma que ainda é cedo para ter uma estimativa. “Ainda não se sabe, pois, as empresas também vão se adequar. Diminuir os alojamentos e reduzir turno de abate”.

Antes do embargo a BRF abatia cerca de 7 milhões de aves por dia e exportavam para 150 países, sendo a principal exportadora de aves no país.

Nesta quinta-feira, 19, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, se pronunciou sobre o embargo durante visitas a cooperativas no interior do Paraná. Ele avalia que entre 30 e 35% das exportações de frango que o Brasil faz para a Europa devem ser afetadas. “É um impacto bastante grande e que terá que ser substituído muito rapidamente em todos os mercados”.

Segundo o ministro, tudo começou quando da Polícia Federal fez a primeira Operação Carne Fraca, cuja divulgação, segundo ele, foi catastrófica e gerou pânico nos mercados que o Brasil trabalhava. Desde então, 100% das exportações brasileiras passaram a ser fiscalizadas o que gerou um nível maior de amostras com problemas.

“Chegamos a ter por exemplo, 80 contêineres rechaçados num único mês indo para a Europa, mas depois do trabalho que nós fizemos hoje a gente está num nível de 10. Quer dizer, estamos dentro de um nível aceitável, inclusive melhor que muitas partes do mundo”, pontuou.

Segundo Maggi, a Comunidade Europeia diz que é uma questão de saúde, mas se o Brasil aceitar pagar um imposto de 1.024 euros por toneladas e mandar a proteína para Europa como carne in natura entrará no bloco sem nenhum problema. “Então não é uma questão de saúde, e é isso que nós vamos reclamar na OMC”, garantiu.

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