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Duas pessoas são presas em MT por falsificação de defensivos agrícolas

Em todo os país, as atividades criminosas com a falsificação de defensivos somaram prejuízos na casa de R$ 11 bilhões

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Duas pessoas são presas em MT por falsificação de defensivos agrícolas

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso cumpriu, nesta semana, dois mandados de prisão e um de busca e apreensão nos municípios de Várzea Grande e Cuiabá, em decorrência da “Operação Princípio Ativo”.

A operação do Gaeco e da Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo visava desmantelar ao menos três organizações criminosas responsáveis pela falsificação de agrotóxicos, bem como pela prática de crimes de lavagem de capitais, delitos de corrupção ativa e passiva e, ainda, falsidade ideológica em documentos público e particular.

No total, foram expedidos 160 mandados de busca e 35 mandados de prisão preventiva. As diligências foram executadas nas cidades de Igarapava, Buritizal, Ituverava, Franca, Cristais Paulista, Ribeirão Preto, Serrana, São José do Rio Preto e Monte Aprazível, no Estado de São Paulo, além de outros locais situados nos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, com o emprego de aproximadamente 600 policiais militares, bem como de dezenas de promotores e servidores do Ministério Público.

Investigação

A investigação culminou com o oferecimento de três denúncias pelo Gaeco e já recebidas pelo juízos de Igarapava, sendo que, além das medidas de buscas e prisões, diversas outras já foram ou serão oportunamente deduzidas, tais como pedidos de sequestro de bens e medidas correlatas destinadas à recuperação dos prejuízos provocados pela atuação de referida organização criminosa, além da suspensão da atividade comercial de empresas utilizadas para lavagem de capitais.

A formatação e escalonamento dos grupos criminosos são complexos e extensos, sendo que a organização possui ao menos nove células interligadas, desde a chefia da organização, passando por núcleos de financiadores, falsificadores e corretores, até o núcleo envolvendo agentes públicos, sendo esse último composto por um policial civil.

Prejuízos

Segundo as investigações, somente em 2018, e em relação a apenas duas empresas utilizadas pelo grupo, foram emitidas 808 notas fiscais falsas, cujos valores totais ultrapassam 110 milhões de reais, sendo que, ao longo dos anos, as organizações criminosas constituíram e utilizaram ao menos 51 pessoas jurídicas.

Em todo os país, as atividades criminosas com a falsificação de defensivos somaram em impactos diretos e indiretos, prejuízos na casa de R$ 11 bilhões aos setores econômicos, R$ 3,2 bilhões em PIB, 39,7 mil postos de trabalho e R$ 1,4 bilhão em salário dos trabalhadores, fora o prejuízo direto à indústria de defensivos agrícolas de cerca de R$ 5,4 bilhões, vindo a impactar, portanto, não só a saúde da população, como toda a economia nacional, já que o setor de falsificação representa de 10% a 20% do mercado legal no Brasil.

*Com informações do MP

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