Uma das principais vitrines nacionais de divulgação, diálogo e incentivo à escrita teatral do país, selecionou o texto do dramaturgo cuiabano Joelson Jogosi para integrar uma mostra anual de textos inéditos, que acontece em Belo Horizonte (MG), de agosto a dezembro de 2018. O evento “Janela da Dramaturgia” chega a sua 6ª edição, patrocinado pelo Ministério da Cultura e pelo Banco do Brasil, realizado no Centro Cultural Banco do Brasil.
[featured_paragraph]“Quando soube do resultado, fiquei muito feliz em representar a nossa produção de texto teatral em um evento tão relevante nacionalmente. Existe um movimento, ainda singelo, mas existe, de reconhecimento artístico a nível nacional atualmente, e me sinto realizado de, com a aprovação no ‘Janela da Dramaturgia’, fazer parte dele”.[/featured_paragraph]
Joelson teve seu texto “O Candidato” compartilhado e debatido entre expoentes do teatro mineiro, em atividade aberta ao público, no último dia 29 de agosto de 2018. Sua narrativa navega no universo da Literatura Fantástica e do Teatro do Absurdo, dialogando com Teatro Contemporâneo e Performático.
Processo criativo que, apesar de envolver leituras de demasiado agrado do autor, demandou, porém, um longo tempo, permeado por incertezas na condução da escrita, essencialmente experimental. “A composição foi feita como num quebra-cabeça, com quadros escritos isoladamente. Depois fui montando, pela própria organicidade do desenrolar da personagem, que sofre muita opressão, de uma forma que fizesse sentido”, conta Joelson.
Joelson é formado em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), com especialização em Literatura Ibero-americana pela mesma instituição. É membro do coletivo de leitura de cena, Parágrafo Cerrado, e colaborador do Cena Livre de Teatro, grupo de extensão em artes cênicas pela UFMT.
Professor e teatrólogo, iniciou sua trajetória pelo Pessoal do Ânima, grupo do antigo Cefet-MT, já havia sido premiado com a sua primeira peça, ‘A Trama’ como a melhor dramaturgia e de melhor espetáculo no FestiÂnima, em 2013.
Atualmente ampliando experiências em universos estéticos e geográficos, ele reflete: “Vejo o Janela como uma grande oportunidade de exposição dramatúrgica, sinalizando tendências e possibilitando que os autores ganhem visibilidade no cenário nacional”, complementou.
