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Doses da vacina contra a febre aftosa já estão disponíveis

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Doses da vacina contra a febre aftosa já estão disponíveis
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Os pecuaristas de Mato Grosso já podem comprar a vacina contra a febre aftosa. Dessa vez, todos os bovinos e bubalinos existentes no Estado, de todas as idades, devem ser imunizados durante a campanha que, ocorrerá de 1º a 31 de maio.

De acordo com o comunicado enviado para as bases do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), nessa campanha “devem ser fiscalizadas, assistidas ou por agulha oficial – que é a imunização feita pelos técnicos do Indea de – no mínimo 2% das vacinações de cada município”.

Além dessa meta, o informativo ainda indica que a nova vacina a ser utilizada a partir dessa etapa, “agora tem 2ml”, ficando proibido o “comércio e utilização da vacina de 5ml no Estado”.

Essa medida vai de encontro com a decisão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que sinaliza que a vacinação deve parar até 2023, no Brasil.

Isso porque já existe o reconhecimento internacional de país livre de aftosa, uma vez que o último caso de infecções foram registrados em 2006.

Suspensão da vacinação contra a Febre Aftosa

Em 2017 o Mapa publicou o Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA). Entre suas medidas, previu a suspensão completa da vacinação no país e o reconhecimento internacional de país livre de febre aftosa sem vacinação até 2023.

Para conduzir esse processo, os estados brasileiros foram divididos em cinco blocos. Sendo assim, os trabalhos  prevista uma evolução progressiva das zonas livres sem vacinação em três etapas, iniciando-se em 2019 e finalizando em 2023.

O primeiro composto por Acre e Rondônia, o segundo por Amazônia, Amapá, Pará e Roraima. Já o terceiro bloco é composto por Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, e Rio Grande do Norte.

O bloco quatro é composto por Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, fazem parte do quinto e último bloco.

Apesar de Mato Grosso e Rondônia não fazerem parte do mesmo grupo, alguns municípios do noroeste do estado devem suspender a vacinação no final deste ano, junto com o vizinho.

De acordo com o chefe responsável pelo Indea de Colniza, João Augusto Mineto, a decisão foi tomada em respeito à prática comercial da região.

“Na hora em que delimitaram, não se respeitou a divisa territorial. Respeitou a questão aonde você tem maior influência. Pois, do rio Roosevelt pra lá, é mais fácil o produtor escoar a produção dele pra Rondônia. Ai se você usa a delimitação geográfica, o pessoal vai perder o costume de comercializar, eles vão ter dificuldade de vender a produção, [além de] aumentar a chance de burlar a fiscalização”, explica.

Com isso, “A partir de 2020 uma parte de Colniza, Rondolândia inteiro e uma parte de Juína e Aripuanã não terá mais a vacinação. Param junto com Rondônia. O resto de Mato grosso continua vacinando até 2021”, afirma.

Segundo a gerente do Indea, Juliana Gomes Borges de Souza, responsável pela região noroeste do Estado, a suspensão não apresenta risco pra cadeia produtiva.

Gomes explica o Indea fez um planejamento estratégico de vacinação e que análises foram feitas, para se chegar a essa decisão. Por isso, “foi feita a diminuição da dosagem, que, provavelmente durará até dois anos”.

Ela ainda adiante que nesse período o instituto desenvolverá estudos pra ver se prolonga ou se faz a retirada da vacinação por completo. “Dentro desse período é feita uma avaliação, inclusive as unidades são auditadas pra poder ver se está de acordo pra ver essa interrupção”, explica.

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