Os pacientes que fazem tratamento em unidades públicas contra o câncer em Mato Grosso enfrentam, além da doença, o preconceito e o atraso nos procedimentos. Esse é o panorama apresentado pela presidente da MT Mamma, Cleusa Dias Leite.
Ela sobreviveu à doença e hoje comanda uma instituição que apoia os pacientes.
“No SUS, se você tem menos de 50 anos, a dificuldade para obter um diagnóstico é maior”, ela afirma, pontuando que “na rede particular, tudo é mais rápido”.
E quem acha que o fim da quimioterapia é o fim do sofrimento, se engana. Segundo ela, a demora na realização de exames especializados após essa fase do tratamento ainda é uma realidade.
Quem enfrenta o tratamento lida também com o preconceito. Apesar do avanço, os pacientes ainda se sentem constrangidos.
“Por estarem careca, sem sobrancelha, os pacientes atraem alguns olhares. E isso dificulta o tratamento no fator psicológico”, explica.